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Pois dizem: Com a nossa língua prevaleceremos; são nossos os lábios; quem é senhor sobre nós? (Sl 12:4)

O salmista registrou o pensamento do homem daqueles dias, que se tornaram dominantes em nossos dias. A certeza de que a vida é determinada pelo próprio homem, onde ele próprio é deus … e nenhum outro é possível.

E, aflições agora experimentadas são mostras que a COVID-19 impôs-se à humanidade, obrigando às reflexões. Para muitos são elas que permitirão encontrar o significado do momento, e consequentemente da própria vida. Assim, outros conceitos, como esperança, solidariedade e mesmo morte se introduzem nessas reflexões.

Os que a atribuem o momento, e por consequência a vida, ao “acaso”, são esses que afirmam, mais uma vez, o homem mostrará sua capacidade, e ao final de tudo, superará as forças do imponderável “acaso”.

Isso se percebe pelas mensagens motivacionais, onde usando a arte, deposita-se na ciência toda esperança. As mensagens são focos de resistência, onde dos lares se oferecem danças, culinárias, músicas, humor e muito mais. Enchem os olhos, ocupam as mentes, fazem natural a miséria humana. Pois, do outro lado, milhares morrem, e muitos corpos são deixados nas ruas, queimados, embrulhados e, sem ter com retirá-los das casas, foram transformados em símbolos da insensibilidade humana. O choro e o desespero das famílias… é preciso ignorá-los, pois, nenhuma esperança há.

É desafiador o convite para escapar da visão de rebanho, e perceber que nessa luta há religiosidade, há “fé”, o homem acreditando no próprio homem, tem sua liturgia na arte, na política, enquanto espera pela ciência.

A presunção dessa vitória reside na soberba e no egoísmo, que calados alimentam e indicam a direção da vida sob o “acaso” … que direção?

Para as pessoas que acreditam no Deus pessoal, e não em uma religião, não há acasos! É possível saber a direção, pois não se pode ocultar o que está diante de todos.

Um comentário em “Deus, a COVID-19 e o acaso

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