Onde estará a Igreja que o Senhor comprou?

Quando o Senhor antecipou-nos que teríamos aflições, o fez para o benefício dos santos. Mas, é tamanha magnitude e o oportunismo do mal que muitas vezes perco a capacidade de introduzir e aproveitar os conselhos do Mestre na teia das maldades diárias que estamos introduzidos e enfrentamos. Apenas o renovar das Sagradas Letras recupera o ânimo descaído.

Não me refiro ao mal que há no mundo, refiro-me ao mal presente no coração da igreja. Mal que desfila pelos corredores, que se assenta nas reuniões de líderes e que falseia e nutre a palavra no alto dos púlpitos. Dentro da casa que chamam do Senhor as sutilezas são  engendradas onde cada qual busca em seu próprio umbigo a orientação e moto da igreja.

Passemos os olhos em muitos dos nossos pares, e com perplexidade presenciaremos a  tamanha a ousadia e destemor ao Senhor, e quando falam a respeito do temor ao Altíssimo é apenas uma retórica, o “religiosamente correto”. (um vício de linguagem evangélica para atender a liturgia!).

Recordemos dos temas centrais da vida cristã: perdão, arrependimento, humilhação, comunhão, em que extensão e profundidade os percebemos em nossas igrejas? 

As fraseologias, loquacidades ganham relevo na vida congregacional. 

Reúna-se com as pessoas de sua igreja e tente obter delas sua visão da vida comunal, seus ideais cristãos. Muitas pessoas, não falarão, mas induzirão que se utilizam da igreja  como uma contraposição aos seus fracassos ou dificuldades pessoais, conjugais, profissionais. Entendem a igreja como um ambiente de neutralidade de poder, em que podem compensar ou atingir metas pessoais para compensar suas frustrações. Apropriam-se da igreja para atingirem um fim próprio, particular. Entendem e buscam uma igreja sem regras, sem comando.

Não há entendimento nem relação com adoração a Deus, a igreja como um centro de aprendizagem e discussões da Escrituras, um local de profundas e permanentes mudanças. Para celebração e exaltação daquela que não é igual a mim.  

É estranho, mas as pessoas não se sentem com qualquer obrigação com a Escritura. Agem e pensam sem a necessidade de fundamentos cristãos, apesar de afirmarem-se como tais.

A congregação dos santos é para muitos um centro de lazer ou de encontro entre amigos, uma confraria, sob uma fragílima temática cristã. 

Não há quem defenda a razão de sua esperança com base nos conselhos eternos do Senhor. Não há testemunhos vivos, não encontramos o bom perfume de Cristo.

Mente-se da mesma forma que leem versos bíblicos; calunia-se com a mesma serenidade com que dizem “amém”; tramam as ocultas como se Deus não existisse.

Onde estará a Igreja que o Senhor com seu sangue comprou? 

Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso. (2 Co 6:18)