O verdadeiro significado do Natal


A celebração do natal (mesmo com suas aberrações, é necessário que assim seja!) exibe e implica no reconhecimento que Deus visitou o mundo. Não importando se há ou não conhecimento dos textos da palavra de Deus a respeito.

A própria idolatria presente na festa associa-a ao texto sagrado: anjos, Maria, José, um menino, deitado em uma manjedoura. São detalhes a respeito da vinda de Deus ao mundo, determinados Deus 700 anos de se fazerem realidade na história humana.  

“Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamarão seu nome EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco”. (Mt 1:23).

Portanto, Deus, ainda que as pessoas que não o conhecem, ou mesmo rejeitem sua existência, no natal “celebram sua vinda ao mundo”.

Semelhantemente, Deus deixou escrito que os homens são indesculpáveis diante dele, pois testemunham o seu poder na criação e o senso de bem e mal no interior de cada homem. 

Acrescente-se agora o natal.

Mesmo que Jesus afirme sua divindade (seus feitos) e eternidade (não ter princípio de dias, nem fim de existência), a humanidade, em sua oposição, subjuga a Deus, criando um deus com as próprias mãos, e aquele ídolo-gesso permanece deitado, em obediência aos celebrantes.

A celebração do natal, portanto, independentemente de crença, ano após ano, reafirma que o homem é indesculpável diante de Deus. 


Este é o seu verdadeiro significado.

Nada poderão argumentar sobre a rejeição do amor de Deus em seu Filho Jesus… que para seus celebrantes nada mais é que um boneco de gesso.

A magia de cada natal


A proximidade desta época do ano é tomada por um estranho espírito… muito estranho. 

A ilusão invade a tudo, arrebata a vontade humana, e possuindo as pessoas, as conduz. 

Como um grande baile, todos em coreografia expressam oportuna bondade, talvez movida pelo sentimento de autonomia, de poder: comprar mais, comer mais, beber mais… sorrir mais, e mais.  

As luzes cintilam em árvores, dentro das casas, em cor e ritmo suficientes para tecer uma repentina felicidade (sim, pois, não existia há alguns dias, decerto, se desfará dentro de poucos!). 

As pessoas deixam de lado a si mesmas, uma performance incrível de ruptura com a realidade. Permite-lhes um tempo de senhorio, elas mesmas estabelecem quem é “Jesus”.

É a magia do natal. 

Assim, esse espírito permite a criação de um deus a ser celebrado. Desembrulhado, ficará deitado, inerte, em meio aos seus pares de gesso… até o despertar da oportunista realidade. 

Então, embrulhado novamente, cuidando para não o quebrar, voltará à caixa, até retornarem os dias dessa “impossível felicidade”.  

Até a magia do próximo natal…

e este é “o deus menino” celebrado no espírito do natal. 

 E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração. (Jr 29:13)

Escatologia, o grande risco

Um dos temas teológicos sempre requerido é a Escatologia Bíblica. Em especial, em meio ao povo que acredita que a Igreja e Israel ocupam diferentes papeis no programa de Deus para a humanidade.

Antes, devemos lembrar que o fundamento e propósito do ensino cristão é anunciar a Jesus – sua obra em favor dos homens para o arrependimento, desdobrando-se em santificação e esperança.

Consequentemente, sendo a Escatologia bíblica um ensino cristão,  há riscos em anunciar o tema, pois devemos fazê-lo, sabendo que nos é imposta a necessidade de apresentar a Cristo, e este crucificado. 

Caso contrário, faremos o despertamento da curiosidade dos ouvintes, como se estivéssemos oferecendo-lhes um entretenimento. Sem despertá-los para que considerem a continuidade real entre a vida que levam e as consequências futuras (escatológicas).  

Devemos ainda considerar que a Escatologia bíblica quando, no passado, anunciada adequadamente promoveu efeitos que transformaram multidões, assim, compartilhar dela sem promover constrangimentos, permitirá sua propagação no seio da Igreja para satisfação, sim, apenas para curiosidade dos ouvintes. Não oportunizando aos ouvintes as verdades cristãs, em que o confronto entre a vontade decaída e a esperança prometida são exigidos.  
Fazendo com que a esperança escatológica, que é OBRA DO SENHOR, chegue às mentes sem, contudo, ir até às profundezas das almas. E sem profundidade, não há constrangimento para santificação, separando-a da esperança. 

Assim, a exposição meramente especulativa, serve para deleite dos ímpios, por terem-na como ficção, não compreendendo os riscos que correm.

Não podemos tratar do futuro prometido pelo Senhor separando-o das obrigações exigidas por Ele agora.