Continuamos no Livro de Atos e caminhamos através dos caps. 1, 2 e 3. Neles foram descritos os primeiros momentos de uma nova história: Deus ressurreto em convivência com homens mortais, o verbo eterno revestido da carne eterna. Logo em seguida sua assunção até locais que não sabemos onde realmente são. O inédito e impensável registrado no primevo momento da Igreja do Senhor, tudo descrito em torno de um monte nos arredores de Jerusalém.
O Eterno e transcendente pisando o chão e depois chegando às nuvens.
Depois, os capítulos seguintes descrevem o caminhar de homens comuns que viram, ouviram e apalparam o Verbo eterno que se fez carne e esteve entre nós. Agora impelidos pelo Espírito de Deus recriariam um novo enredo para história da humanidade: a proclamação da vida que há em Cristo.
Deus, por meio da proclamação da vida, infunde em multidões a vida de Cristo, vidas mortais, revestidas pela imortalidade.
A salvação plena chega ao mundo, a esperança eclode nos corações contritos!
Passamos por esses registros e nos deparamos com a oposição do mundo aos novos ventos trazidos pelo próprio Deus. O cap. 4.1-4 lemos:
Enquanto eles estavam falando ao povo, sobrevieram-lhes os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus, doendo-se muito de que eles ensinassem o povo, e anunciassem em Jesus a ressurreição dentre os mortos, deitaram mão neles, e os encerraram na prisão até o dia seguinte; pois era já tarde. Muitos, porém, dos que ouviram a palavra, creram, e se elevou o número dos homens a quase cinco mil. (At 4:1-4)
Percebemos grupos bastante distintos no contexto: Os pregadores, os opositores, Deus e os que creram.
Essa composição atravessou os séculos, e hoje é padrão das organizações cristãs.
Estamos cercados por opositores, experimentamos o poder de Deus, convivemos com crentes e com pregadores, apenas os frutos são os indicadores que qualificam os grupos.
Perdemos em muito se não iniciamos a leitura do Cap. 5 a partir de 4.32. Ao retrocedermos nossa leitura sabemos que os que creram era um só coração; os apóstolos pregavam as boas novas, repartiam seus bens na medida da necessidade dos irmãos.
É no cap. 4 que Lucas nos apresenta José: “a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé “em judeu convertido, vendeu sua propriedade e entregou o valor aos apóstolos.
E continua, já no cap. 5: entretanto, “certo homem, chamado Ananias com sua mulher Safira, vendeu uma propriedade”.
É significativo o paralelismo feito por Lucas entre os dois personagens: José e Ananias.
A José é dedicado um texto sumário, mas ao introduzir Ananias, diz: Mas ou entretanto; para nos fazer entender que haverá contraste entre um e outro: joio em meio ao trigo.
Seriam Ananias e Safira crentes? Decerto que não. Pois, os frutos manifestados pelo casal delineiam grupos que se encontram enraizados em nosso meio, mas não são dos nossos. Vejamos em que Ananias e Safira podem nos ajudar.
O mal congregacional sempre envolve mais de uma pessoa.
Nos versos 1 e 2, percebemos o acordo para o mal, pois o casal dissimuladamente resolve encobrir o valor real vendido.
Vida sem vida, aparência religiosa
E ainda, vivem vidas de aparência religiosa. Pessoas que não discernem a graça de Deus e a gratidão devida. Pois, são incapazes de saber que primariamente relacionam-se com Deus, e não com homens simplesmente.
Mensageiros de satanás e a vantagem pessoal
No v. 3, encontramos a orientação de satanás para construção de seus planos.
Em busca de vantagem pessoal as pessoas seguem as ordens das trevas, satanás.
Como tratá-los
É obrigação da Igreja eliminá-los (não a semelhança do texto) para causar temor aos ouvintes e a Igreja (v. 11).
Como pois, dizer:
“Não poderemos deixar de falar das cousas que vimos e ouvimos”.
Ananias e Safira mesmo mortos ainda falam no meio de nós.