A Apostasia que vivemos

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Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, 2Ts 2:3
À luz do texto do apóstolo Paulo a iminente vinda do Senhor antecede-nos um cenário de esperança e advertência. Pois, na garantia de nossa reunião com Senhor há a certeza da apostasia e a revelação do homem do pecado.
O mesmo livro 2Ts 2:7 afirma que tal operação já se desenrolava.
Para nossa alegria e atenção, esse é o contexto dos dias atuais. Presenciamos este período de mudanças, nunca experimentado com tanta intensidade anteriormente. A “sabedoria do presente século” – filosofias e vãs sutilezas – toma conta das igrejas. A palavra do Senhor antecipa um cenário dos estertores do Cristianismo (bíblico), pois, o que temos é a flagelização da verdade. Um cristianismo tênue, fragmentado e cambaleante envolvido (e muitas vezes abraçado) com a apostasia – as doutrinas do mal.
A nossa contribuição para apostasia
Quando falo nossa, incluo todos aqueles que reconhecem a importância do ensino das Escrituras para o engrandecimento do Senhor e purificação da igreja de Cristo. Mas, em nosso derredor, para nossa tristeza, o povo de Deus garante que apostasia é: 
1.    Abandono ou desvio da fé ou do padrão bíblico;
2.   Mas não ocorrerá com o crente.
Nesse “simplismo religioso – o abandono ou desvio da fé” – estão os meios para o crescimento da apostasia. Seus proclamadores e representantes, que são conhecidos e nada ingênuos, tem se aproveitado da falta de interesse, pouca ou nenhuma importância. Assim, induzindo à negligência enfraquecem ou mesmo confundem seu significado. Desta feita alargam suas fronteiras e conquistam as mentes, levando as pessoas ao engano, a ponto de ouvir-se que apostasia “ é coisa de teólogo, coisa do homem”. Tal estratégia é bastante engenhosa e tem garantido o crescimento apóstata.
E além do mais, se os “fiéis” estão fora de risco, por que se preocupar? Este outro engano contraria às inúmeras advertências presente nas Escrituras – em especial no Novo Testamento – sobre o combate as heresias e a quem anda desordenadamente.
O significado de apostasia
O termo apostasia tem sua ênfase na ideia de separação, divórcio (Mt 5.31; 19.7; Mc 10.4), ou seja, ruptura. Aquilo que estivera junto, agora está separado. O que subjaz é um movimento de deserção: afastar-se para longe de um lugar, onde antes estivera no centro. Assim, apostasia se refere ao ato de abandonar – negar – as verdades bíblicas, substituindo-as por um novo sistema de verdades.
Como identificar doutrinas apóstatas

Não definir uma regra para identificação das investidas apóstatas, agrava a questão por não podermos esculpi-la para vê-la como ela realmente é, e isso a beneficia.
Podem ser formulados outros critérios, contudo ofereço alguns para facilitar e simplificar a identificação de sua sutileza.
1.   A Bíblia é a palavra de Deus, suficiente e completa.
ü  Rejeite livros ou pessoas que atribuem a si,  a mesma ou maior autoridade que  a Bíblia;
ü  E ainda profetas que criam ou criaram “a única religião certa”;
ü  Desconfie de quem só prega o Velho Testamento;
2.  Deus é triuno (Pai, Filho e Espírito são três pessoas distintas e igualmente divinas).
ü  Rejeite a ideia do Espírito não é uma pessoa e divina;
ü  Que Jesus foi criado,
ü  Que o Pai, o Filho e o Espírito são uma única pessoa;
3.  Jesus veio em carne (semelhante aos homens) ao mundo, porém sem pecado.
ü  Rejeite a ideia de que Jesus foi mais humano ou menos humano que qualquer um de nós;
ü  Rejeite a ideia que negue que ele é Deus;
4.  A obra de Jesus é redentora, substitutiva e suficiente para todos os crentes.
ü  Rejeite a ideia de que a morte de Jesus foi acidental ou apenas histórica;
ü  E ainda, que há necessidade de adicionar algo à sua obra – para salvação:  sábado, batismo, obras, penitências, papa, pastor, Maria, crucifixo, missa, purgatório, velas, hóstia, oração poderosa, santos etc.
ü  Rejeite a ideia de investigação de sua vida para definir se você irá ou não para o céu;
5.  O homem é incapaz, à parte de Deus, de escolher a salvação.
ü  Rejeite a ideia que o homem tem em si a liberdade e o desejo de escolher a salvação oferecida por Deus;
ü  Rejeite a ideia de qualquer sacramento mudar sua natureza ou condiçào diante de Deus;
6.  A salvação é eterna e implica obrigatoriamente em santificação (arrependimento e fé).
ü  Rejeite a ideia de perda da salvação, ou que alguém salvo vive na prática do pecado;
ü  Rejeite a ideia que não se pode ter certeza da salvação;
ü  Poder, cura e riqueza não expressam o padrão da salvação.
7.   A proclamação do Evangelho é o único meio de salvação do pecador.
ü  Não se deixe influenciar por “artimanhas ou poderes” que salvam;
ü  Rejeite a ideia que o Evangelho é meio de enriquecimento;
Poder-se-ia criar um número maior de pontos, mas estes são suficientes para a identificação da sutileza apóstata. Lembremos que a apostasia é um conjunto de doutrinas e, homeopaticamente, conduz à mudança de comportamento.

A Apostasia: A unidade em nome do amor 
O desenvolvimento desse novo sistema tem suas frentes, mas uma única estratégia: o uso do amor como amálgama da unidade das Igrejas. O amor une e a doutrina separa, dizem em busca de seduzir às mentes incautas. Afirma ainda: a divisão é proposta do diabo, e mais, doutrina reduz a força da evangelismo. Como isso “exalam sabedoria” e encurralam os indoutos defensores da verdade.
As heresias unidas ao ecumenismo são o motor da apostasia. A primeira tenta turvar a verdade e a segunda ensina que não há verdade única. E rejeitá-las, para essa nova ordem, é falta de amor.
1.   Será que o amor que negligencia a verdade é amor? Não. O apóstolo Pedro diz que a verdade antecede o amor: “Já que tendes purificado as vossas almas na obediência à verdade, que leva ao amor fraternal não fingido, de coração amai-vos ardentemente uns aos outros” (1Pe 1:22).
2.   Será que a separação é do diabo? É claro que não.
ü  O próprio termo igreja quer dizer chamados para fora, separados, e isso da parte de Deus.
ü  É Deus quem separa seu povo retirando-os do mundo, é Deus quem separará o joio do trigo.
ü  E é Deus quem orienta nas Escrituras para nos separarmos: 
“Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei”(2 Co 6.17; conf. 1 Pe 1:14-16).
Assim, o argumento utilizando pela apostasia “em nome de Deus”é apenas uma farsa para conquistar os incautos.

A apostasia e sua meta
O texto garante que a apostasia revelará o filho da perdição. Portanto, para que surja esse homem, é necessário o estabelecimento de um ambiente propício e receptivo, a apostasia o está criando. Há uma nova disposição mental que alterou o objeto das aspirações humanas. A apostasia tem induzido, e ao mesmo tempo, alimentado esse anseio, por meio do abandono dos valores e padrões bíblicos e adoção de novos conceitos e valores adequados a essa nova mentalidade. E ainda, Deus garantirá que a mente humana aceite a solução apóstata.
Conforme lemos: “É por isso que Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira” (2 Ts 2.11). A mentira, os sinais, o engano fundamentam retroalimentam o novo ambiente religioso (e civil).


A apostasia e seu propósito
De acordo com o texto sagrado (2 Ts 2.4):
Oposição sistemática a tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração; a ponto de ser reconhecido ou visto como Deus.
O triunfo do líder que há de vir necessita da aceitação popular, portanto, haverá uma comum disposição entre o líder e os povos das nações. Sob nova perspectiva, os anseios atendidos, uma satisfação geral inundará toda a terra. E uma sociedade caminhará em direção de sua própria destruição:
1.  Outra verdade. É notável verificar que a oposição sistemática abre a lista. Um das diretrizes fundamentais da apostasia é a desqualificação da palavra de Deus.
2.   Outro deus. Essa nova disposição mental exigirá um relacionamento com um deus qualquer, de forma que sejam reconhecidos o poder e autonomia humanos.
3.   Outra moral. A liberdade sem critério moral, apenas prazer, será conquistada: fim das teorias sobre moral, das regras caducas e da cegueira evidenciada pela fé.
4.   Outra unidade. O mundo – incluindo a igreja – se conduzirá para o surgimento de uma nova fé, moderna, sábia e tolerante. A unidade para receber o homem da perdição.
Somos advertidos para atentarmos para essa nova base conceitual: “filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2:8).
A apostasia e a falsa a ideia de risco zero para igreja.
A certeza que esse tempo chegou é fortalecida das palavras de nosso Senhor:
“Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”. (Mt 7:15). E confirmadas pelo Apóstolo Pedro:
“Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição”. (2Pe 2:1)
Em ambos textos a apostasia está em nosso meio. Sua proclamação é feita por homens, pregadores, sábios, enganadores, falsos profetas, lobos. E se há advertência é porque devemos identificá-la e expurgá-la.
Acreditar que a apostasia deve ser percebida apenas pela conduta serve para o relaxamento doutrinário e para dificultar a prevenção. Lembremos que o pensamento antecede a ação, a conduta. A apostasia é, sim, primeiramente uma questão de ensino, de doutrina.  
A tragédia maior é que o povo de Deus não apenas a aceita, mas também a prefere. 
São os sinais da vinda de Nosso Senhor e nossa reunião com ele!