A Espiritualidade do engano

Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não encontra lugar em vós. (Jo 8:37)

Neste breve diálogo o Senhor fala aos religiosos da época – e aos de nossos dias também – a respeito de  religiosidade e da espiritualidade.
Há uma grande confusão semântica em torno do termo espiritualidade. Seja pelos intelectuais que falam, falam e nada explicam; sejam pelos doutrinadores das religiões humanas, pentecostais e neos que fecham os olhos, olham para o céu, fazem caras e bocas, sorriem e … nada apresentam. 
Assistir a LBV falando a respeito de espiritualidade é risível. fecham o semblante, como em esforço físico, frisam a testa, e passa para o outro, o outro para o um, e quando resolvem explicar é um emaranhado transversal – isto mesmo, emaranhado transversal – impossível de saber o que eles querem dizer, nem a “sabedoria ecumênica” evocada esclarece a questão. 
No texto, lemos que Jesus reconhece aqueles homens como verdadeiros filhos naturais de Abraão, pois, se utiliza do termo “descendência de Abraão”. Logo depois, revela-lhes seu interior, que é contrário à verdadeira espiritualidade – “procurais matar-me” e “minha palavra não encontra lugar em vós”. Religiosos, sim, mas  sem qualquer espiritualidade – relacionamento real com Deus.
Pessoas – mesmo que sinceras – que prestavam cultos sistemáticos para Deus, contudo sem nenhum valor  espiritual. Envolto em liturgias vazias, mesmo que promotores de pompas, eram apenas religiosos.
Os romanistas bem herdaram isso, vejam sua pujança, trajes, fumaças, incensários e acresceram-lhes um repertório incrível de gestuais, ladainhas e toda sorte de teatralidade para, enganosamente, postularem-se “representantes de Deus entre os homens”. (Ousam com isso o extermínio do Espírito Santo)
Essa empreitada vem de longe, atravessou os séculos, inebriando homens e falsificando a verdade, consumou-se projeto religioso atual: a institucionalização dos instrumentos de escravidão para conduzir seguidores.
Inicia-se com a oferta de um culto que deve representar um salto para “presença de Deus”, desconectar-se do dia a dia das pessoas. Precisa abrir a “porta para fora da vida comum – fuga para o mundo das conquistas além da razão”.  Inacreditavelmente,  esse toque de Midas é a prática do atual clero religioso e é o clamor do coração da multidão ímpia.
É comum homens que não conhecem o Senhor serem possuidores de chaves que abrem as portas para o “espiritual”, para o “poder”; isso os faz particular.  Assim, se caminha em direção à prática extática, pensando-se aportar no mundo espiritual. 
Não é sem motivos que multiplicam-se a consulta aos médiuns, que surgem pastores (as) com idas e vindas do céu, cantores que com suas músicas abalam os poderes do inferno. Julgam esses que  espiritualidade  efetiva-se travestida de alegorias e adereços.
A receita condenada por Jesus renova-se a cada dia, multiplicam-se em profusão, uma endemia, a oferta de “religião da aparência” e o fazem como que vinda do e para o Senhor. 
Acabo de ouvir de uma avó, que elogiando sua neta (uma criança de 7 anos), diz que a criança não perde um único “culto” da Renascer em Cristo e lá ela – pobre criança – “dança para Deus”.
Resgatando contexto, encontramos sem esforço algum as mesmas condutas praticadas por aqueles que foram chamados de filhos de Abraão. Estão por todo lugar, revoltam-se contra o Senhor, contra a palavra de Cristo,  praticam uma liturgia vazia e sem sentido acreditando que sua fantasia religiosa suscita o “espiritual”. 

Em meu próprio nome

Sempre que ensino as verdades de Deus, seja onde for, percorre em mim certo frio. Às vezes, acuso-me por não me haver preparado suficientemente. Mas em todas às vezes o que pesa sobre mim é a responsabilidade de despenseiro.

Continuo sem encontrar em mim dignidade e esmero suficientes para tão sublime ofício, a proclamação das verdades do Altíssimo.

À época de Seminário conheci um jovem, bem jovem mesmo, Beto, possuidor de características, para sua pouca idade, surpreendentes. Ia à frente, dirigia cultos, falava diante de todos e orava com muita fluência – com graves desvios doutrinários.
Certa vez, impressionado com aquela desenvoltura, perguntei-lhe, se não ficava tenso ao ler seu nome na escala da direção do culto. Respondeu-me que não. Fazia aquilo com muita naturalidade, e acrescentou ser assim desde pequeno, falava na escola e em outros locais.
Membro de uma igreja batista. Esta, à época, percorria uma trilha ambígua de renovação e fundamentalismo. Este no discurso, aquela nas entranhas. Ele se destacava à frente da Mocidade.
Sua irreverência provinha da falta de temor do Senhor, da pouca compreensão do que representa falar da parte de Deus. Apresentava-se no lugar do Senhor, falava em seu próprio nome. Sentia-se na comodidade de sua escola, ou mesmo na descontraída conversa com seus amigos. Abandonou o seminário no semestre posterior.
Não devo criar relações e suposições além das óbvias. Não associo sua irreverência à conclusão ou não do curso de Teologia. Havia outros mais reverentes que, como ele, abandonaram o curso; e outros semelhantes a ele que chegaram ao fim. Não há problema com pessoas que dominam a arte de falar bem. Louvado seja o Senhor que ao longo da história colocou homens que expressaram com pujança todo o desígnio de Deus engrandecendo o Seu nome.

O que vejo como problema é não saber a respeito dAquele de quem falamos. Isto sim é um grande problema. Desconhecer o Senhor Todo Poderoso, Sua santidade, Justiça, Bondade, Misericórdia e falar a respeito dele é um insuperável problema. E tal conhecimento só é adquirido pela leitura, meditação, oração e comunhão com o Senhor. Não há outra rota.
Aprendi por leitura e observação que o conhecimento leva à intimidade. A ignorância à irreverência. Não há uma única exceção entre os mercadores da fé, os homens de poderosos em feitos, todos padecem de grave ignorância a respeito de quem supostamente falam. Isto os leva a natural irreverência em suas “apresentações”.

Os atletas vociferam palavrões, simulam situações falsas, agridem adversários e logo após em comemoração  levantam os dedos para o céu compartilhando com Deus o feito. A ignorância do Beto.
O Sr. Malafaia com seu psicologismo abundante, percebo o Beto.
O Sr. Santiago com suas intermináveis sessões de cura, lá está o Beto.
O Ap. Renê com suas doutrinas das trevas, nele está o Beto.
Os Valadãos com seus ritmos e letras infamando o nome do Senhor. Lembro-me do Beto.
Assisti uma senhora que se intitulou bispa, Solange Brant, com a sutileza de satanás oferecia a satisfação abundante dos sonhos de cada um.  Esta estava além do Beto.

São amostras desses que falam em seu próprio nome, pensando desfrutar da intimidade do Senhor. Apresentam-se em lugar de Deus – querem ser semelhantes ao Altíssimo. Buscam na aparência religiosa a satisfação de seus deleites carnais.

Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas; Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os quais está eternamente reservada a negrura das trevas. (Jd 1.12:13)

Quanto ao Beto não o vi desde então… seguiu seu próprio caminho.


Só o Senhor é Deus.


A Ele honra, glória de louvor de eternidade a eternidade.

Encontro do Senhor com Malafaia, Hernandes, Renê e outros. Surpresa?

Há anos atrás, época de esportes, freqüentávamos o mesmo clube de um casal. Depois passamos a ter amizade. A esposa consumidora voraz de cigarro e coca-cola. Tinham uma filhinha muito graciosa, quieta, com olhos vivos e bochechas sempre rosadas.
A criança repentinamente passou a apresentar um quadro febril com perda de apetite e peso. Levada pelos pais ao médico, veio o diagnóstico: tuberculose. Depararam-se com uma situação grave e totalmente inesperada. Mas o médico tentou acalmá-los dizendo que não era incomum a condição em que a filha deles se encontrava. Prescritas a medicação, orientados, retornaram para casa. Sabiam da seriedade que a situação exigia.
Dias depois fomos visitá-los, os encontramos bem mais tranqüilos. A mãe da criança, católica, meio espírita, como muitos o são, confidenciou-nos sua promessa: Não tomarei coca-cola por 6 meses. Fiquei surpreso com a proposta de mãe e perguntei-lhe: por que não o cigarro? Respondeu que não conseguiria ficar sem fumar. Segundo a mãe, seria sacrifício demais. Não por falta de apreço à filha, mas por sua incapacidade ou comodidade de abrir mão do vício. Ela buscava o melhor para sua filha, porém queria fazê-lo com o menor sacrifício pessoal. Mesmo que a medida viesse a agravar o quadro da criança, seu bem-estar estava acima da realidade que envolvia a questão. Ela não considerava – ou não importava – a realidade dos fatos.
À época, eu e minha esposa éramos ímpios, não conhecíamos o Senhor.
A maximização de resultados, ou seja, com o menor esforço atingir os maiores resultados. Olhos nos resultados, vivendo da melhor forma possível, é a cristalização da distorção pragmática.
Transposta para esfera religiosa esta é textura da vida apóstata. O bem maior está em conquistar e manter o prazer sem sacrifícios, sem importar-se com a vontade expressa de Deus. É uma disposição mental – capacidade ou incapacidade? – desta turba. Isto os leva a quebrarem as barreiras do temor, da limitação pessoal, das regras. É algo meio católico, meio espírita. Já não lhes importa o escrutínio da verdade, já não lhes há temor ao Senhor, e mais, desrespeitando a realidade e sabendo que a situação deve se agravar,  enfrentam frontalmente o Senhor.
Contrário ao que vive e prega a apotasia, o Mestre avisa que para segui-Lo implica em negação pessoal, implica em oferecer sua própria vida por algo superior. Nossos olhos estão voltados para cada passo dado seguir à verdade. “… Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me… mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.” (Lc 9.23.24).

Se temos a convicção de peregrinos, pois em terra estranha estamos, este presente mundo a eles pertence, Valadão, Renê, Valnice, Hernandes, Malafaia, Caio, Soares, Santiago, Jabes, Rodovalho, homens da iniquidade e suas multidões.
E se este mundo lhes pertence…
“E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” (Mateus 7:23)
Às vezes, a vagar, questiono-me:  serão eles surpreendidos ao ouvirem abertamente a sentença do Senhor?

Senhor, só tu és Deus, segundo teu beneplácito, usa de misericórdia para com eles, e concede entrepidez aos teus servos.

A Ele honra, louvor e glória de eternidade a eternidade.

Sim, nós podemos (Yes, we can)

Com a extinção do absoluto, o homem do agora criou uma um mundo sem tempo, sem verdade, sem valores. Os anseios e projeções humanos estabeleceram uma realidade incompátivel com as coisas perceptíveis, com meramente tangível, mas é quem determina a dinâmica da existência.

A observação humana tornou-se serva da subjetividade, o absurdo passou a ser a vara de medir todas as coisas. Yes, we can passou a ser o mantra da autonomia conquistada.

A auto-ajuda, falsamente, legitimou a insanidade. Assim, os sentimentos transcenderam os limites da natureza e da razão, criou-se a fé própria para o tempo presente. Uma força interior moldada pela angústia, livre da necessidade real de um agente externo, livre de Deus.

Os complexos problemas próprios da vida: esperança, eternidade, morte vida etc. ficaram para trás, a nova fé tudo reviu. As questões existenciais deram vez ao pragmatismo que faz do aqui e agora o centro da vida humana. Tudo foi resolvido, e melhor, livre da escravidão da moral, da ética e da caduca religião.

Uma nova natureza religiosa se assentou nas cátedras, vociferou dos púlpitos e ganhou as ruas. Nada poderá detê-la. A apostasia está ante nossos olhos

Combatamo-la de nossos púlpitos, nas ruas, entre os amigos, junto aos inimigos… mas antes de mais nada, vivamos uma vida digna do Evangelho.
Sim, nós podemos… no Senhor, e somente Nele.

“PORTANTO, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.” (Romanos 2 : 1)

Ao nosso Deus honra, glória e louvor de eternidade a eternidade.

Os Judas nossos de cada dia

Um leitor atento das Escrituras  perceberá a semelhança que há entre os passos dados por Judas, aquele que traiu o Senhor, e a vida dos líderes apóstatas  – os papistas, fabios, malafaias, renês, jabes, santiagos, valnices, brants, macedos, soares, rodovalhos, valadãos e muitos outros.

Recorro a apenas alguns textos das Escrituras para encontrar a descrição, quase sumária, dos caminhos e privilégios experimentados por Judas, aquele que traiu o Senhor, e compará-los aos senhores da apostasia.
Mateus, assim inicia o cap. 10. Percebe-se que há particularidade e honraria. São doze e são seus. Judas, pertence ao Senhor e com benignidade foi introduzido em um grupo muito seleto. Uma chamada para exercer poder, e ainda, conviver com O SANTO DE DEUS.

“E, CHAMANDO os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal.” (Mateus 10:1)

No v.4, do mesmo capítulo, Mateus após relacionar os apóstolos, ao se referir a Judas diz assim: … e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. A marca de seu relacionamento com Cristo, é um aposto o qual carregará por toda a eternidade: Aquele que traiu o Senhor.

A honraria do Apostolado, do Ministério com santidade representavam pouco para aquele que traiu o Senhor. Como os apóstatas não há dignidade do ministério da Palavra. Ignoram à Palavra do Senhor que adverte-os: “homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho” (I Tm 6.5).

Quantas horas e quantas palavras foram dedicadas pelo Senhor para instruir e advertir àqueles homens que o acompanhavam. E Judas, aquele que traiu o Senhor, estava junto a eles, e a tudo ouvia.

Ouviu o Senhor confidenciar-lhes quanto ao teor das parábolas: Falo assim para que os de fora mesmo vendo, não percebam; ouvindo, não entendam e assim não se convertam.  O não entendimento de Judas deveria poupar-lhe da aflição da gravidade que se avizinhava. Estas mesmas palavras não causam nenhum temor ou tremor nesses homens?

Os discursos de amor sobre a Parábola do Semeador, sobre o risco da fascinação das riquezas, a implicação tão clara que por ela viria o abandono ao Senhor. Quão próximo esteve Judas dessas verdades!. Quanto já percorreram, quão longe já se encontram do Senhor esses homens da apostasia?

Presenciar a multiplicação dos peixes, a maravilha da multidão faminta fartar-se, e ainda sobejar. Na visão de Judas, tais coisas desvaneciam,  não lhe trazia vantagens permanentes. Poderia contemplar a multiplicação de peixes sob a ótica do sermão do monte? Compreender a verdadeira sede de justiça? Quanta incapacidade, quanta desesperança havia em Judas, como esteve perto. Quanta sede de fartura pessoal, busca por reconhecimento público, há nos homens que hoje vemos! Os sentimentos de Judas desfilam diante de nós por outras faces, mas pelos mesmos corações e mentes.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” (Mateus 5:6).
O Senhor o ensinou: “Judas, se fores rejeitado, adeverte-os sobre o juízo, diz-lhes que haverá menor rigor para Sodoma e Gomorra”. Esta frase ainda hoje ecoa na mente, agora perturbada e desesperada do traidor do Senhor. Quais as palavras que perturbarão por toda a eternidade esses homens da apostasia?

Judas, aquele que traiu o Senhor, guardando as economias, comprava as provisões, assistia ao pobres em nome de Jesus. Não havia nisto qualquer mérito, qualquer honra. Compartilhar com o Senhor a riqueza que a Ele pertence, não atende aos interesses de Judas, nem desses homens. Sua ambição não tem limites. De que vale o homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? É preciso rasgar a Palavra, e aí vão eles.

Judas lança-se em seu golpe final por não suportar o testemunho de santidade e submissão aos desígnios de Deus dado Maria de Betânia. A santa ao derramar o fino perfume sobre o Senhor, explode sua insatisfação. Nada aprendera.

A incapacidade de compreender os valores espirituais da vida com Cristo é determinante para sua decisão. A frase do Senhor, reprovando-o: “Deixai-a, não a molesteis. Ela fez boa obra, e isso lhe será creditado a ela por toda eternidade”. Confirmou em seu coração a impossibilidade de viver sob a palavra de Cristo.

O conflito da vida dúbia, o conflito entre a verdade própria e a Palavra do Senhor estava resolvido. Naquele momento Judas, o traidor, afastou-se, apostatou. Foi em direção do mundo, saiu para fazer comércio, para vender o Senhor, alegrar aos ímpios (Mc 14.10-11). A leveza de coração revelou toda a impiedade e determinação de fazer sua própria história. Assim começou a vida desses homens da apostasia: incapacidade de aceitar as boas obras, e não se submeterem às exortações da palavra de Nosso Deus. Cristo transformou-se no meio de chegar a trinta moedas de prata, apenas.

Iniciava, para ele um novo momento, uma nova liberdade, novo propósito. Livre das palavras do Senhor, suas ambições, seus projetos de reconhecimento, de honrarias seculares, estar com os sacerdotes judeus, isso sim, fazia sentido.

Deixou para trás a honraria da santidade, os ensinos, a esperança Cristo. Definitivamente rompeu com a Palavra de Cristo, seguiu seus ideiais, seu coração. 

E, finalmente, João relata(cap. 13):

E, após o bocado, entrou nele Satanás. Disse, pois, Jesus: O que fazes, faze-o depressa.
O Senhor o deixou sob o desígnio de seu coração, sob o espírito que atua nos filhos da desobediência. No verso 30, Judas, ainda se aproveita dos seus últimos momentos junto com o Senhor para satisfazer sua carne, “seu bocado e sai”. E encerra o texto dizendo:

Era noite.
Mateus descreve o prólogo da morte: Judas reconhece seu erro, chora, mas era tarde demais. Lemos no Livro de Atos que aquele que traiu o Senhor, foi para seu próprio lugar.

Olho em minha volta vejo aquele que traiu nosso Deus em canais de Tv, nos escândalos, nas propinas e orações, nas vergonhas.

Pergunto: Haverá tempo para arrependimento? Clamar ao Senhor e reconhecer o mal que fizeram? Pedir perdão pela multidão de miseráveis que mandaram para trevas?

Que aposto esses homens terão por toda eternidade?  Os fiéis de Judas?
 

Que Deus tenha misericórida dessas almas.


Só tu és Deus. A tua bondade e misericórdia duram para sempre, e por causa delas não somos consumidos, Senhor.

A Ele honra, louvor e glória. De eternidade a eternidade.

Obrigado pelo consolo

“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;” (Mateus 5:4)

Em meio a confusão criada pela entrada do humanismo no ambiente teológico, as verdades divinas foram corrompidas, passaram a dar a elas significados totalmente diferentes, estranhos. Prerrogativas exclusivas de Deus caíram em mãos impróprias,  foram mundanizadas pelo homem secular. 

Consolo tem um significado em cada mente em cada coração, é o relativismo retórico que destruiu os conceitos, mas não diminuiu a dor.

Consolar, segundo DEUS e só pode ser realizado por Ele, é exercer sua capacidade de chegar-se para perto do aflito, e com PODER socorre-lo. Na prática significa dividir a dor, a aflição. Ou seja, agir na alma humana por meio de verdades espirituais, que em seus significados, atenuam a dor do aflito.

Que poder há no homem para realizar algo de tamanha magnitude?

Há dois outros fundamentos que o humanismo tenta subtrair do consolo, que são a Verdade e a Esperança. Sem as quais não há consolo. E homem se acredita capaz de promover consolo. O absurdo chegou a tal proporção que existem sites especializados em consolo.


Que verdade há no homem? Qual a extensão e certeza da esperança por ele oferecida?

Sob tais verdades das Escrituras escrevi abaixo.

Entendo e procuro aceitar, a aflição, a dor, a saudade. Participei e conheço a natureza humana que percorre seus próprios caminhos – sem Deus – na busca de satisfazer a alma. O homem busca retirar de si mesmo algo que  o console, diminua seu pranto. Em vão tenta. 

Na escuridão que se encontra, lança mão de filosofias pessoais, clichês, palavras de consolo para fechar as feridas, compensar a dor. Tais tentativas são evidências do desconhecimento da natureza da alma, do cerne humano. São frases soltas, contrárias à verdade, como vindas do Senhor. Apropriam-se de seu nome, para transformá-lo em mero instrumento de auto-ajuda. Como compensar a dor que é real? O que poderá ser produzido pelo homem para preencher o vazio instaurado?

Incapaz, não compreende que apenas em Deus há a possibilidade do afago, do consolo. Ao buscar seus meios, alijando ao Senhor, perde a possibilidade de conhecer a verdadeira paz, o descanso para sua alma cansada.  São tentativas perigosas, pois rejeita as verdades divinas, optando pelo seu próprio entendimento. Isto não trará danos eternos?
Reconheço a bondade intrínseca, o choro compatilhado, os pensamentos de saudade. Mas, em nada disso, encontro o verdadeiro consolo.
Eu sei, eu bem sei que o consolo da alma só pode vir Daquele que a criou.

Em minha dor, eu bendigo ao SENHOR, pois sei: Só Tu és Deus, não há outro além de Ti, Deus de toda consolação.
Este, que um dia me fez conhece-LO verdadeiramente, me tem consolado, E como gostaria, que em Sua bondade fizessem a todos que amo conhece-LO também.
Bendito seja o Senhor que me remiu, que tem guardado meu coração. NELE e somente NELE tenho confiado.

Com quem morarei por toda a eternidade.
A ELE honra, poder e glória de eternidade a eternidade.

A morte da vida na morte de Deus

O Cristianismo Bíblico, sempre existiu por haver um relacionamento real com Deus. O Deus pessoal, eterno, criador de todas as coisas comunicou-se com suas criaturas, revelando-Se.


Toda esta realidade foi perdida, abandonada, caiu em mãos aflitas, em mentes perturbadas do homem moderno. Proclamaram a inexistência do Senhor – sua morte -, assumiram o controle sobe a vida e a morte, e o Cristiansimo saiu das Escrituras e passou a ser meramente uma religião.


Há algo novo em seu lugar. Arrancaram suas entranhas, remontaram seus princípios, sua etimologia, suas particularidades e natureza. Iniciando uma trilha descendente e sem retorno. Pobre humanidade.


Mesmo que o homem comum de nossos dias não questione seu real significado e propósito, ele apropriou  desse fenômeno meramente social e psicológico, chamou-o de religião. Contando com um cenário imediatista, sem capacidade crítica – disposição mental -, essa transgressão conceitual e prática passou a ser a verdade. O Cristianismo perdeu sua razão, e vive hoje embalado pelos braços dos valores e regras da Psicologia e outras ciências Sociais.


É regra, pessoas de diversas idades, posição e nível cultural opinarem a respeito de religião sem compreensão adequada. Confusas, sem fundamento teórico, tratam da questão como se um resultado de futebol ou mesmo como uma questão de gosto pessoal. Transformou-se em uma prenda, sem regras, sem limites. Os valores meramente humanos, como o anseio, a ignorância e filosofias, compõe a matriz dessa religiosidade. Custumizou-se uma para cada  indivíduo.  Seu misticismo passou a ser um passe de mágica, um clamor vazio ao desconhecido. Tudo ficou envolto em sombras, o desconhecido autoriza o absurdo.

Em religião tudo é possível, dizem.


O desconhecido é na verdade o inexistente, o Sr. Impessoal. Assim, religião, em sua  nova cosmovisão, é apenas uma relação circunstancial do indivíduo com suas projeções mentais – seu imaginário. Internalizou-se a deus. O conjunto de forças do indivíduo é deus – o deus ninguém. Sua auto-determinação chamou-a de fé. Com esse conceito de fé o homem subjugou  a Deus. O grande poder está na sua mente e em sua determinação para realizar-se. O homem moderno é o Senhor do Universo, o centro de adoração.


A religião é mais uma forma de satisfazer-se. O propósito religioso está circunscrito aos ideiais humanos. A verdade, que outrora engrandecia ao Senhor, transformou-se em mantras do absurdo para conquistas e engrandecimento das criaturas.  O homem vive sobre  um deus ninguém. Os resultados são perceptíveis, estão por todos os lados:

A morte da esperança. A esperança foi banida do coração, consequentemente a vida perdeu seu valor. 


Até quando Senhor?

Bendito seja nosso Deus. A Ele honra, glória e louvor. De eternidade a eternidade.


A vida por um espelho

Todos os dias um pássaro voa em direção à porta da nossa casa, pousando na maçaneta. E na porta fechada, logo percebe sua imagem refletida no vidro, e vorazmente inicia sua luta contra a própria imagem. Há desespero e urgência em combater esse reflexo – seu inimigo. Com visível determinação, não economiza esforços para expulsá-lo – ou subjulgá-lo – e reinar. Em seu mundo de aflição, seu inimigo não lhe oferece tréguas, sempre pronto para desafiá-lo, reage a qualquer movimento.

Por vezes, me aproximo, tentando abrir a porta para livrá-lo daquele torneio inútil. Mas antes de abri-la, voa para longe, refugiando-se na segurança dos arvoredos ao derredor. Sempre desafiante, recupera as forças para continuar o confronto.

Sou, para ele, o incompreensível que interrompe sua luta real. Estou impossibilitando-o de vencer seus temores, de efetivar sua conquista. Percebo-o incapaz  de entender sua realidade. Ao sair em seu socorro, transformo-me em mais um inimigo. E tão logo fecho a porta, ele novamente reinicia sua incansável – interminável – luta. Para ele não há alternativas, não há outro modo de viver.

Sua natureza subjulga sua razão.

Residimos nessa casa há anos, nossos voadores visitantes mudam. Muitos outros já estiveram sobre a mesma maçaneta, travaram a mesma luta – e todos perderam. Mais virão, repetindo essa mesma sina. Presos aos seus instintos – sua natureza, não podem fugir dela.

Sua luta pela sobrevivência o engana e conduz à morte.


É uma vida singular. Ele tem sua razão de viver, combater inimigo. Sem a frágil maçaneta perderia sentido a vida. 




Nada que eu faça permite-nos intergir. A diferença entre nossas naturezas é um imperativo intransponível. Somos incapazes de transformar tal realidade. Ele continuará perseguindo o objetivo de sua vida, até que o verdadeiro inimigo a ceife. Até lá, o verei muitas vezes, ele me verá outras tantas… e tudo permanecerá como está e sempre foi.

Em sua ilusão não há esperança… pobre pássaro.


Há um paralelo cruel entre esse pássaro e o homem. Este envolvido em sua realidade tem seus inimigos, com eles os temores. Arrancar das entranhas da alma a força para conquistar seus inimigos. São lutas intermináveis com o espelho, o mundo de seus pares. A apoiá-lo apenas a frágil maçaneta. Seu instinto subjuga-o completamente.


Diferente da mim, em relação ao pássaro, Deus tem poder para mudar a natureza do homem. Fazê-lo entender a realidade que o envolve e o destino cruel que o espera… ou continuar vivendo sobre uma frágil maçaneta.


Mas, em sua razão entorpecida, foge para um lugar – para ele – mais seguro. Consome-se em planos para as próximas investidas. Continuará lutando até um dia não mais voar para seu combate vão.






Como recuperar-lhe a razão?

Deus, por meio do Evangelho, faz com que o homem nasça de novo. Abre-lhes os olhos para que perceba inimigo real: sua índole, sua natureza. Ela que o engana, o consome, o faz repetir o mesmo ciclo de desesperança de todos os demais.




Importa-vos nascer de novo, diz o Senhor.




O novo nascimento, a mudança de índole, de natureza. Somente o poder de Deus é capaz de tão profunda transformação. Fornecer-lhe a esperança da vida eterna.


Oro ao Senhor para que, em sua bondade e amor, transforme o coração de milhões, e que esses venham a experimentar a verdadeira vida em Cristo Jesus.

A ele, honra, glória  e poder de eternidade a eternidade.

Rejeitando a vida

Sangue, não!

Ecoou o gritou da senhora ao saber que seu marido necessitava urgentemente de transfusão de sangue. Esta cena assisti em programa que apresenta fatos reais passados em um plantão de emergência médica. Tratava-se de um casal de idosos que, supostamente, se envolvera em grave acidente de trânsito. O marido se encontrava inconsciente, e perdera muito sangue. Sua esposa, mesmo machucada, repetia, Sangue, não! Uma médica os identificou: Testemunhas de Jeová – conhecidos pela não aceitação de transfusão de sangue entre humanos.

O ABSURDO É O FUNDAMENTO


Há algo de peculiar entre esse episódio e o momento que vivemos. Podemos afirmar que em nenhuma religião cristã, tampouco no judaísmo acredita-se nisto. Tal conduta – não transfusão de sangue entre seres humanos – é destituída de qualquer orientação bíblica, e em muito fere a racionalidade humana. Qualquer pessoa que tenha acesso aos textos sagrados, dos quais é retirado este falso ensino, observará que não provém de análise adequada. De mesma forma, ocorre ao passearmos sobre as falsas verdades que embalam os devaneios da religião que vemos diante de nossos olhos em canais de TV, em cultos embalados, na Marcha para Jesus e nas mais variadas estratégias para angariar recursos em nome de deus.

GUIADOS PELO PRÓPRIO CORAÇÃO


Como, pois, então surgem tais práticas? A resposta é simples: Pela disposição do homem em rejeitar as verdades históricas, e sair em busca do que seu próprio coração deseja. É a ânsia em produzir novidades. É o espírito da modernidade, quebrar paradigmas, buscar o novo. É a resposta aos anseios “religiosos” dos homens que querem um outro deus. 


A MORTE DA VERDADE


Na profusão de verdades descobertas, nada sobrou do Cristianismo bíblico. O homem religioso deste tempo foi contemplado com altares e cultos para sua realização pessoal. A todo custo e a todo momento são criados artifícios para satisfação de uma clientela àvida por realização e conquistas. Tudo se faz novo, e pelas novidades, decretou-se a morte da verdade histórica. E o cristianismo bíblico, escorraçado nos púlpitos, fugiu , rastejando pelos becos, sem verdade e sem consistência.


O RESGATE DA MORTE


Trouxeram de volta a morte, proclamam-na a pleno pulmões. Todas as hostes satânicas sobem nos púlpitos, entoam louvores e em gargalhadas apontam para o novo tempo. É uma grande festa. Com salões repletos, a apostasia comemora radiante. Todos os poderes, afirmam, estão à disposição dos homens. Os católicos com a transubstanciação, afimam reproduzir e comer o corpo de Cristo; os espíritas trazem do além vozes, na tentativa de consolar mortos; os evangélicos, em suas línguas estranhas, convidam a todos para comer e beber o melhor da terra, é o cumprimento das promessas de deus.  E o séquito, em multidão, lentamente segue, tomando conta do largo caminho.

A CERTEZA DA MORTE 
A convicção daquela senhora resplandece na face cruel da apostasia. Observamos, boquiabertos, os argumentos em defesa de suas práticas. A soberba e a ignorância revestidas de autoridade são a sua razão de existir. Respiram os últimos momentos de suas vidas, e, assim mesmo, recusam-se em aceitar sangue. Em nome de Jesus, acreditam legitimar, por contra própria, o que Deus condena. O tempo escoa, e cegos não percebem que a verdade os condena.  

UM GRITO PARA MORTE
O grito daquela senhora em defesa de sua fé, foi sua manifestação final. Em sua convicção condenou-se à morte, levando consigo seu esposo. Nada aprendeu do verdadeiro caráter de Deus, criou seu próprio amor. Em sua convicção, gritou contra a graça , contra a misericórdia, gritou contra a verdadeira  vida.


O mesmo grito ecoa das multidões: Sangue, não! Sangue, não! Rejeitam o amor, rejeitam a esperança, a graça e a misericórdia de Deus. Convictos, não se arrependem, rastejam enganados sobre o pó da terra.


Gritam contra Cristo, contra a cruz. Gritam contra o convite para o descanso de suas almas. 

Esta geração perdida precisa clamar: Sangue, sim!  Sangue, sim!
Que clamem: Sangue, sim!

e terão seus pecados perdoados.




Que Deus seja louvado.

A Ele honra, gloria, poder de eternidade a eternidade.

A mansidão do Fundamentalismo Cristão

FUNDAMENTALISMO


Num cenário onde todos se julgam capazes de opinar. E onde os conceitos seculares passaram a usufruir de prestígio junto às religiões humanas – catolicismo romano, espiritismo, evangelicalismo e demais. O Cristianismo Bíblico precisa apresentar – restabelecer – seus verdadeiros conceitos. Sob pena de ser confundido com as demais.


Esta argumentação, não apresenta abordagem da formação histórica do Fundamentalismo. Sobre o que se opunha, quais os benefícios ou melefícios advindos dele.

O propósito é apresentar o que realmente é FUNDAMENTALISMO CRISTÃO.


O QUE É FUNDAMENTALISMO CRISTÃO?

Não podemos responder sem que antes passemos a conhecer alguns conceitos de acordo com sua etimologia, afastando-nos dos valores seculares.


Fundamentalismo, em síntese, é a defesa, com convicção, dos ensinos Cristãos que foram estabelecidos ao longo da História. Ao longo da História implica em tradição, tradicionalismo. 
Necessário é entender o que TRADICIONALISMO, contrário ao que o nosso raciocínio nos levaa pensar, NÃO É  aquilo que se estabeleceu apenas pela persistente conveniência de alguns, ou ainda pelo hábito religioso de outros à parte da História. Pelo contrário,
TRADICIONALISMO É tudo que se perpetrou ao longo da história da fé cristã por meio da aplicação de ensino claro das Escrituras, portanto, com fundamento na história.

Assim o Tradicional tem Fundamento, que são as Sagradas Escrituras.

FUNDAMENTALISMO, é ACREDITAR, VIVER E DEFENDER as verdades que tenham apresentadas pelas Escrituras.

Outra caracterítica associada ao Fundamentalismo é Radicalismo.


RADICALISMO significa ter raízes – NÃO significa brutalidade ou falta de educação. Adequando-o ao nosso contexto, significa é ser maduro, convicto.

Fundamentalista é aquele que crê que toda verdade – espiritual – está apenas nas Escrituras, e que não é demovido desta convicção. Mas, que para defendê-la, não faz uso da força, ofensas etc. Tampouco acredita que sua argumentação logrará êxito sem a intervenção de Deus.


Em seu radicalismo, entende, sem dificuldades, que todos os demais têm direito às suas convicções, mesmo que as saiba falsas, inóquas.

E A ESCRITURA COM SUAS MÚLTIPLAS INTERPRETAÇÕES?

Mas como podemos saber qual é a verdade se as Escrituras têm várias interpretações?


Este argumento é próprio de quem nunca leu as Sagradas Letras. Quando o ouço, percebo na frase uma auto confissão de  ignorância do assunto. É, rigorosamente, falta de argumento. Desconheço a experiência de abrir a Palavra com os representantes da frase. Sempre se esquivam, adicionando outros assuntos, ou comentários, para depois baterem em retirada. 


PRÁTICA FUNDAMENTALISTA

Havendo uma única verdade, a seletividade dos pares para desenvolverem ações cooperativas é uma exigência. O seu traço particular está na rejeição de ações cooperativas com pessoas ou grupos que estabeleçam seus valores sem submissão à Verdade.

Isto não implica na inimizade, ofensas ou confronto desnecessários, apenas a não cooperação. Ocorre na separação de grupos ou pessoas que defendem posições contrárias as Santas Letras.

Fundamentalismo não se estabelece por meio de lutas ou perseguições, mas simplesmente pela não cooperação em projetos que implicam na negação dos valores fundamentais da fé cristã.


EXIGÊNCIA FUNDAMENTALISTA

Para que tais atitudes sejam empreendidas exige-se maturidade, e com ela responsabilidade. Ambas, maturidade e responsabilidade advêm do conhecimento – convicção – da Verdade. É uma evidência de Fundamentalismo.


FALSIDADE FUNDAMENTALISTA

Os apóstatas procuram tirar de sobre si as suas marcas, e correm para esconderem-se sob qualquer perfil religioso. Assim, é comum observarmos pessoas  – muitas vezes sinceras – saem em defesa de posições pretensamente fundamentalistas:

• Defender – até com ardor – apenas prática litúrgica;
• Pertencer uma “elite espiritual”;
• Pertencer a uma igreja;
• Ardor interior, mas sem convicções;
• Isolar-se – até ser soberba – por nunca achar seus pares.

Há perigos na proposta Fundamentalista quando não tem seu correspondente espiritual. Aquilo que deveria ser uma conduta responsável, acadêmica e espiritual, passa a ser uma defesa partidária em torno de grupos ou de idéias pessoais.

Muitos fazem “seu próprio Fundamentalismo” que nada mais é que uma expressão partidária. Seus defensores, em grande número, são tolerantes, e não poucas vezes, co-participantes do pecado de seus pares.
Há outros que se agridem, defendem-se, acusam-se, separam-se e unem-se movidos por um ideal meramente humano, sem a devida observação da palavra do Senhor.

É a esta prática que chamam falsamente de Fundamentalismo. Aquilo que deveria ser a defesa radical (conhecimento e prática) dos valores fundamentais da fé Cristã perdeu-se em seu radicalismo, separou-se da verdade, ficou vazio, sem conhecimento, sem averiguação, sem fundamentos.


CONCLUSÃO

O Fundamentalismo, segundo o mundo, é retrógrado, brutal e sem conhecimento.  Praticá-lo, implica em fazer parte de grupos a serem evitados. 


Pergunto: Há outra forma de viver dignamente o Cristianismo? Como não defendê-lo com convicção (radical). É uma forma de completarmos os sofrimentos do Senhor.

É um privilégio dado pelo Senhor, nos permitir conhecê-lo, sua verdade e podermos vivê-la em mansidão.

É a pronta resposta para todo aquele que pedir a razão da esperança que há em nós.

Sendo mandamento bíblico, devemos fazê-lo por meio de expressões espirituais: amor, longanimidade, benignidade, mansidão, domínio próprio. 
“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” (Judas 1:3)

Que o Senhor seja louvado.
 
A Ele honra, glória, louvor por toda eternidade.