A Esperança


e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós; (1 Pe 3:15)
É perceptível a pouca importância dada ao sentido das palavras. A própria linguagem, tão poderosa, está sendo reduzida, tornando-se incapaz de oferecer o real sentido aos objetos, aos sentimentos, ao mundo. E isso afeta profundamente a vida e tudo que ela representa, pois, a falência dos significados é a falência da própria vida. 

As pessoas cada vez menos desejam entender o que cada palavra propõe, e equivocadas em seus desejos, dão seu próprio significado a vida. O caos as espreita. 
Essa autonomia permitiu a perda do significado de verdades fundamentais da vida… o que faz com que ela, banalizada, lentamente, perca seu sentido. Vive-se sob uma realidade líquida e sem forma onde cabem todas as “verdades” – um “tempo de coisa nenhuma em direção ao nada”. (1 Co 1.20, 27)
O pensar passou a ser determinado pelo lazer de um lado e a aversão do outro, nada além disso. O agradável é aceito como verdadeiro, aquilo que questiona o prazer é rejeitado, tornando-se mentira. Nenhuma reflexão fora desta dinâmica orienta ou faz sentido. 

Os pensadores falam a respeito dela apenas por meio de divagações vazias e superficiais – apenas pão e circo. Com isso, perdem-se os significados: da beleza, do amor e, principalmente, da esperança – deixando-a longe da Esperança de “outrora”. (Gl 5.8)
A ideia de que não vale a pena pensar, não vale a pena rever os fundamentos da vida, destruiu a possibilidade de saber da Esperança. (1 Tm 6.17)

É oportuno resgatar seu significado, seus valores e propósitos pela importância da Esperança na vida. Desafiando àqueles que, em seu estado de prazer, precisam acolher a verdade da Esperança. (Rm 5.5)
O que é Esperança? 
A Esperança e sua importância prática  
Pode-se afirmar que a esperança é o guia da vida. Tudo que pensamos, fazemos, falamos e somos expressam-na, e por ela são determinados. Ela permeia todo nosso ser, queiramos ou não. 
A cosmovisão de cada um depende e reflete sua esperança. Quanto mais sólida a esperança, mais pacífica e ordeira a vida passa a ser. Toda a crise experimentada – crimes, adultério, corrupção, desordem, drogas, infelicidade – decorre, em grande parte, da relação do indivíduo com sua esperança – ou com a falta dela.Assim, ela determina o presente. (Rm 12.12)
A Esperança e sua relação com o futuro 
Ela, obrigatoriamente, está localizada em um ponto futuro e a ele nos une. A certeza de seu cumprimento é indiscutível, influencia o pensamento e garante a conduta. Ela é a certeza do futuro, logo não dependerá daquele que espera. Caso dependesse, não seria Esperança, mas, apenas espera – ocorrendo no tempo daquele que espera. A esperança depende de alguém fora e acima daquele que espera. Aquele que tem poder sobre todas as variáveis e até sobre o tempo, de forma que seja capaz de consumá-la. (Cl 1.15)
A Esperança e sua natureza
Aqui temos uma luta conceitual afim de diferenciar o que é Esperança e o que é conquista. 
A conquista depende do mérito, e a este premia – a dívida que o mérito exige. Não se pode relacionar esperança ao mérito pessoal, definitivamente isso não é esperança, isso é conquista. Nem tudo aquilo que esperamos é esperança. Se há mérito envolvido não é esperança, mas a justa espera da retribuição. 
Já, a Esperança não depende do mérito daquele que espera, ela decorre da bondade dAquele que a consumará. Não está premida pela dívida, mas sim pelo amor. (Gl 5.5)

A Esperança e o seu objeto
Este ponto contribui para esclarecer o anterior: a Esperança, obrigatoriamente, une-nos ao que é impossível a ser obtido pelo mérito. A Esperança sempre estará fora da capacidade de conquista do homem. Tudo aquilo que podemos fazer, obter ou construir não pertence à Esperança. O objeto da esperança é o impossível de ser conquistado (Cl 1.5,27). 
A Esperança deve ser concebida, primariamente, pela compreensão dAquele que prometeu (Rm 5.5) e de seu objeto “não esperável”. Assim, estamos falando do relacionamento com o “não esperável” – fora do universo de conquistas humanas (Tt 1.2).
A Esperança e seus valores
Resta-nos reconhecer que é necessário trazer “o não esperável” para dentro de nosso mundo, para nossa realidade. É necessário definir o arranjo conceitual e nele inseri-la.
Como conceito, é percebida pela fé, molda a conduta e exige o conhecimento de seu objeto e de seu autor. Contudo, depende apenas, para sua consumação, de seu Autor. (1 Tm 4.10; 6.17)
Sim, é preciso acreditar em tudo que se encontra nos “arredores da esperança”. Mas, a fé deve ser entendida dentro de sua real eficácia: um sinal interior que nutrirá o que espera com a certeza de sua consumação. Contudo, devemos afirmar que a fé não é a Esperança, nem a garantia de sua realização.
CONDUTA.
É um sinal exterior que a esperança exige. A disposição interior que é capaz de orientar as escolhas, que evidencia a certeza que a Esperança se consumará – “aquele glorioso dia”. Mas, o comportamento identifica a Esperança, mas não é a esperança, nem a garantia de sua consumação.
AUTOR.
Sim, é preciso que aquele que prometeu seja suficientemente poderoso para GARANTIR que todas as coisas relacionadas à esperança se consumarão. 
É necessário um real relacionamento entre aquele que espera e o autor da Esperança.
Saber de seu poder, seu amor e cuidado, pois só assim saberá de sua capacidade em cumprir todas as promessas – Esperança.
Como resultado haverá paz naquele que espera, pois, sabedor que nenhum mérito ou poder seu será exigido, mas apenas o poder dAquele que, em amor, prometeu, pois é fiel e não negará a Si. (Rm 15.3)
Sim, há uma única Esperança (Ef 4.4)- a eternidade com o Senhor, um único fundamento – Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 
Bendito seja o Senhor Deus, Pai de nosso Deus e Salvador e seu Espírito que mantém viva nossa esperança. 
A Ele toda a honra e glória pelos séculos. 

Amém. 

Creio, por isso conheço

É muito comum entre cristãos (novos convertidos ou não) apresentarem dificuldades para  encontrar o local adequado onde possam acomodar a fé dentro das estruturas e processos do conhecimento em geral. Mais dificuldades ainda, ao tentarem expressar a relação entre a fé e o conhecimento.
A imaturidade – de novos e velhos crentes – sempre contribui para a insegurança, e por ela a dificuldade de atribuir significado ao novo. Somos inexatos na abordagem do novo. 

E isso se agrava pelo atual momento cristão contemporâneo onde doutrinas, argumentações, princípios e até a hermenêutica foram substituídos pela experiência. Observamos  um cristianismo fundamentando-se exclusivamente em experiências, vivendo de uma fé sem  substância, sem vigor, apesar de pomposo e exuberante, é frívolo e incapaz de colaborar para obtenção do verdadeiro conhecimento que o mundo sem rumo  tateia na busca de uma verdade libertadora – apesar dele rejeitar tal proposição.  
A orientação secular garante que conhecemos para poder crer. Ou seja, o que não é conhecido – avaliado pelos sentidos naturais – não pode ser crido, não faz parte do mundo real. Mesmo inverdade, tal prática impõe à vida a mais profunda mediocridade. 


Não é sem sentido que bem e o mal andam unidos como siameses; a ética, a moral, o amor são meras contingências, apenas meios para satisfação momentânea. 

Para vergonha nossa, nossos arraiais tem aproveitado-se das mesmos conceitos e práticas para obtenção de suas metas. Isso transformou-se em doutrina, cauterizando a mente dos homens deste presente século.
Através das Escrituras entramos em um universo contrário à proposição secular e ao que presenciamos em nosso meio:  
Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna, e nós temos crido e conhecidoque tu és o Cristo, o Filho de Deus. (Jo 6:68-69)
Cremos, por isso conhecemos é a suma do texto.
Nessa dimensão de percepção a vida é ampliada até os confins da eternidade; o amor perpassa as demandas exclusivas dos desejos da carne, fornecendo um senso de proteção e amparo à pessoa amada. A percepção do mal, do bem, da ética, da moral traz sentido e  às nossas mentes, oferece um padrão de avaliação – juízo – a todos.
Há no registro sagrado a fé como pré-requisito do conhecimento. E isso, não apenas é antagônico à tese secular, como também coloca limites à experiência religiosa, não autenticando experiências desvinculadas das sagradas letras – conhecimento.
O conhecimento da verdade exige a fé, e por sua vez, a fé conduz e se limita à verdade, construindo um ciclo interdependente e ininterrupto. 


Se tal argumento é verdadeiro, e o é, o resultado prático da fé está circunscrito à verdade estabelecida. A fé estabelece uma dimensão plena para conhecermos o que é verdadeiro. Lembremos que a fé é dom de Deus (Ef. 2.8-9), não um atributo de nascimento – natural -do homem. 
Creio, por isso conheço.
E valido minhas ações, preferências e o mundo por meio da fé objetivada pela verdade cristã.

A pretensão da razão ou a corrupção da fé


Mogi das Cruzes

Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? Ou quem se fez seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
(Rm 11:34.36)
Este texto parece conflitar com um modelo de cristianismo que tem tomado conta de púlpitos, cátedras e mentes. O cristianismo que não se incomoda de ir além das Escrituras, o racionalismo cristão. 
Mentes sábias abordam a Verdade com argumentos emoldurados pela sabedoria secular, retiram-lhe sua simplicidade e apresentando-o como uma engrenagem de complexo funcionamento. 
Parece-me que há algo de prazer – nessas mentes – em tornar o Evangelho em doutrina de mistérios, para iniciados. Essa proposta emergente de cristianismo se afaga e afoga em delírios filosóficos, na reapresentação das verdades eternas baseando-se em mentes carnais.

Meu argumento provavelmente será visto como anti-intelectualismo, mas gostaria de afirmar que não nego a importância da investigação criteriosa da verdade, defendo porem, que tal empreitada seja feita sob diretrizes adequadas em busca da simplicidade.
O texto traz um questionamento sobre o conhecimento da mente do Senhor, implícita estão a condenação da pretensiosa autonomia intelectual, os riscos da apologética de todas as respostas.

Devemos retirar do texto que ninguém jamais conheceu a mente do Senhor; ninguém jamais foi chamado para ser seu conselheiro, muito menos se tornou Seu credor. E encerra: Ele é Senhor de todas as coisas, portanto, tudo é para Ele, tudo existe por Ele. Nada resta senão Glória eternamente ao nosso Deus, Jesus Cristo. Nada suscita de necessidade de ajuda ou contribuição além da revelação.
Lemos isso em outras partes da Escritura:
“Ninguém atue como árbitro contra vós, afetando humildade ou culto aos anjos, firmando-se em coisas que tenha visto, inchado vãmente pelo seu entendimento carnal”. (Cl 2:18).
O apóstolo quer confrontar todos os pensadores livres, inquiridores deste século falando-lhes que Deus tornou louca a sabedoria deste mundo. A racionalidade não oferece suporte para  toda a dimensão da verdade. 
Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem da simplicidade e da pureza que há em Cristo”. (2 Co 11:3).
Como poderemos engrandecer Àquele, que está acima de todas as coisas, alicerçados em nossas mentes naturais? Como deixando a simplicidade e pureza que há em Cristo exaltaremos o nome do Todo-Poderoso?
A pretensão racional para responder aos que pedirem a razão de nossa esperança,  transforma-nos em bebedores de leite, pois ainda não superamos os contraditórios, muito menos nos deixamos à leitura meditativa da Escritura. Regalamo-nos em nossas convicções, cansamo-nos dos opositores. 
Assim, colaboramos na construção do cristianismo do final dos tempos.

Apenas creia em Cristo

Igreja Batista Regular Renascer
Manaus, 12,dezembro,2010
Com base em Jo 6.28-40.
O texto lido nesta noite, apesar da distância no espaço e na nossa história, é um fato de nosso dia a dia, repercute nos quatro cantos de nosso cotidiano.
1.    É a luta entre a verdade de Deus  e os caprichos da sabedoria pessoal dos homens. A despeito dos riscos, esses insistem em enfrentar o Senhor dos Exércitos.
2.    São verdades de uma razão sem razão saindo em fúria contra a sabedoria, a bondade e o amor de Deus.
O que veremos expressa a convicção dos milhares que formam a pobre pluralidade religiosa. São os travestis evangélicos, o confuso paganismo católico, espiritualidade sem Espírito dos espiritualistas, a arrogância pueril dos agnósticos e ateus e demais arranjos e modismos religiosos que brincam de ser Deus, sem atinarem para as trevas que se avizinham.
É a mesma disposição que hoje temos no coração de muitos aqui sentados, cujos argumentos são construídos, impedindo-os de conhecer a simplicidade e sabedoria do nosso Deus.
Ah! Como tais corações operam contra si mesmos. Nessa luta, fingem-se fortes, não sabem que, à espreita, a morte lhes sorri, que serão apanhados em sua sabedoria.
(Jo 6:28) Perguntaram-lhe, pois: Que havemos de fazer para praticarmos as obras de Deus?
Este tem sido o questionamento da humanidade: Que deve ser feito para agradar a Deus? Todos querem colocar diante de Deus suas obras, seus méritos, suas sabedorias. Não há sinceridade no questionamento, apenas é o ponto de partida para iniciar a oposição ao evangelho da graça de Deus, pois em sua mente pronta está a resposta. Mesmo que represente um desconforto interno, uma desonestidade intelectual, permanecem firmes em sua saga de morte e desesperança.  Mas na firme proposta de exaltação pessoal.
Deveriam saber que todo questionamento que envolve o nome e a vontade do Senhor está sendo descortinada a sentença de morte que paira incessante sobre todos. 
(Jo 6:29) Jesus lhes respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.
A boa obra para vida é crer em Cristo, e nada mais, depositar toda sua confiança no Senhor da vida, esta é a resposta celeste, eterna. Pois, apenas Ele é poderoso para infundir a vida em corpos mortais, em mentes sombrias. Este é o grande desafio às mentes soberbas: a simplicidade do evangelho. 
A submissão a Deus por meio da fé em Cristo não tem lugar na razão humana, pois conflita com a fé em si mesmo. É a seiva do prazer que flui e alimenta a tênue vida do homem sem Deus.
(Jo 6:30) Perguntaram-lhe, então: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos e te creiamos? Que operas tu?
Apresentam suas exigências religiosas confrontando a fé em Cristo: sinais. Quem era o Senhor? Que poderia ser feito para evidenciar “a espiritualidade” de Jesus? 
A rejeição ao argumento da fé, e somente a fé, estava posto. Nossos pares, em especial os  pentecostais, estão à procura de algo espetacular, a procura de algo que desça dos céus em bola de fogo ou que imediatamente os transforme e os faça poderosos. A conquista do mundo é a medida da vara.
A  venda da indulgência evangélica: determine, não aceite, aposse-se, prosperidade, saúde, tem substituído a fé em Cristo. Este é o canto e acalanto das multidões.
Procuram um DEUS DE PLANTÃO para atender aos seus “negócios espirituais”.
O evangelho transformador de almas foi posto de lado, surgindo um evangelho de saldo bancário, de exame médicos, conquistas profissionais, de cancelamento de duplicatas, de escaladas de fundo de poços. Todo o aparato psicológico para garantir a superioridade do “evangélico dominador deste século”.
Simplesmente não querem aceitam a fé pura e simples no Senhor, é por demais humilhante. Querem ver atendidos seus anseios, seus critérios, suas propostas. Buscam a chave da exaltação pessoal em nome de Cristo. 
(Jo 6:31) Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Do céu deu-lhes pão a comer.
Seus sentidos teimam em apresentar argumentos falidos, que nem mesmo crêem, mas é preciso ter alguma coisa para lançar contra o Evangelho do Senhor. Afirmam e criam em suas mentes arranjos para desviarem-se das verdades que se apresentam. Repetem mecanicamente refrãos e ladainhas em respostas aos mandamentos de Deus.
(Jo 6:32)Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
A correção do entendimento é necessária. Todo aquele que não enfrenta “suas” verdades permanece no erro. Não foi Moisés, mas sim o Senhor que lhes havia concedido o pão que comeram. 
Nada recebemos que não venha do alto, sejamos crentes ou não. “Nenhum poder terias se do céu não te fosse dado”, serviu para Pilatos e serve para todos que aqui estão. Todos somos  devedores do Senhor, mesmo que se acredite acima da necessidade religiosa.
É preciso se deixar ouvir as lições do céu. É preciso saber-se ignorante quanto às verdades de Deus, para que o próprio Deus lhe dê as instruções da vida, para que saiam da morte que não cansa em sua perseguição.
(Jo 6:33-34)Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
Não queiram tirar vantagem pessoal do evangelho que seja além do abandono da vida de pecado que tanto prazer trás.
Não queiram como os judeus o pão para saciar apenas a fome do agora, e não saciar a fome e sede eternas pela quais clamam suas almas.
Não transforme a oportunidade ofertada por Deus em momento de vil vantagem.
Submetem a verdade aos arranjos mentais que verdadeiramente os distanciam mais e mais do Senhor.
E muitos outros há, ousam o cristianismo como espreguiçadeira intelectual, lançando seus devaneios para oferecer um novo contorno às verdades eternas. Afirmo-lhes: o oportunismo é a porta de entrada do fracasso espiritual, da surpresa e morte. Esses continuarão entendendo e divulgando conforme as trevas e interesses de seus próprios corações. 
Estão em busca da verdade oportuna, da facilidade operosa, buscam o que lhes parece moda, o que lhes é adequado, a liberdade do pensador.
(Jo 6:35-38)Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede. Mas como já vos disse, vós me tendes visto, e contudo não credes.Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.

Mas leio: que a vontade do Pai sobrevirá, que o Pai ordenará e o miserável render-se-á ao Seu irresistível  chamado. 

Nada maior poderia confortar o coração do pregador: não faço a minha vontade, não faço o meu querer, não há resultados pela desenvoltura ou sabedoria pessoal, mas sim, pelo poder e querer do Espírito. 
O que ocorrerá a Igreja do Senhor nesta noite está sob o bem querer e domínio do Altíssimo. A Ele poder, honra e glória eternamente. É Deus quem opera tanto o querer quanto o realizar, Ele quem fará prosperar sua palavra… naquilo que Ele mesmo designou. 
Muitos têm visto, ouvido, contudo, não crêem, e continuará assim, o Juiz de toda a terra lhes dará a paga. 
E diz: TODO aquele que o Pai enviar, ESTE virá a Cristo. E virão tantos quantos foram chamados, tantos quantos tiverem seus corações constrangidos pelo Santo Espírito. Nenhum a mais, nenhum a menos. 
(Jo 6:39-40)E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia. Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
Saiba, pecador, hoje o céu está aberto. Os ouvidos do Senhor estão voltados para confessares os teus pecados, para teu arrependimento, pois não passas de cinza e pó. 
É tempo para contemplares a grandeza, a bondade e o amor de Deus. 
Para que o teu coração aflito descanse de todo peso sobre a mansidão de Cristo, creia, Ele o aliviará. 
A voz imperiosa do Senhor alerta para abandonares tuas verdades, tua religiosidade fútil,  e viveres uma nova vida, que não sabes que existe… vida que não se esvai.
Apenas creia em Cristo, é o clamor dos céus!

Uma oração rumo às trevas

ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. (Hb 11.1).
(Sermão na I.B.R. Renascer – Manaus – 18.04.2010)

Todos argumentam e defendem sua própria fé. Digo, nenhuma certeza terão sobre tal validade, antes que o Senhor a prove e garanta sua autenticidade. E não será por meio de supostas aflições, pois a resposta ousada sobressai como aptidão espiritual. A fé, amados, primeiramente não vive para os sobressaltos da vida, mas sim para engrandecimento do nosso Deus, sendo Ele a fonte única de sua força.


Assim, passemos ao que diz o Senhor. Encontramos nas Escrituras “Amados, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” (Judas 1:3). A atenção necessária nos leva a verificar que a Escritura emprega a palavra fé com a idéia de arranjos teóricos ou doutrinas. Neste caso, fé é a própria Palavra de Deus. Dizemos então que a fé, neste aspecto, é objetiva. Pois é possível pegá-la, verificá-la, compreendê-la e mesmo obedecê-la.
De outra feita, quando lemos em Ef 2.8, que a salvação é pela fé, estamos frente a uma fé que não é palpável, perceptível. A fé que olhos não vêem, ouvidos não ouvem. Nenhum dos sentidos naturais do homem pode percebê-la. Assim, neste aspecto, a fé é subjetiva. Sem instrumentos humanos capazes de aferi-la. Você poderá proclamá-la a pleno pulmões.
Contudo, esta que se afirma possuir não vive separada daquela, a objetiva, a Palavra de nosso Deus. Como gravura em baixo relevo, a visível – A Palavra – imprime a marca da invisível – a fé do crente. Podemos avaliar a fé invisível conhecendo o que Deus fala de Si e de suas promessas. Não suponha haver outro meio. Qualquer outra tentativa de prová-la estará corrompida pelo secularismo evangélico e o preço será caríssimo. Foge dela.
Esta verdade divina, obriga a todos submeterem sua fé, ou o que se entende por fé, ao escrutínio da Palavra e apenas Dela. Não podemos fazê-lo junto aos púlpitos dos encantadores evangélicos, não podemos fazê-lo pela artimanha sonora desse louvor das trevas, pelo balanço contábil das conquistas pessoais; muito menos pelas últimas revelações recebidas por corações ávidos pelos reinos da terra.

É urgente tal avaliação, não podemos adicionar um segundo sequer ao tempo que nos resta, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Mesmo que seu coração e sua fé zombem daquilo que agora ouve, não se deixe demover, é necessário avaliá-la, não deixe para depois. Veja a multidão de pessoas simples, de poucas letras, que hoje sabem em quem têm crido e estão certas onde será sua morada eterna.

Não há questões difíceis, complexas, são propostas para nosso entendimento. O Altíssimo, que nos dá a fé, dar-nos-á também a compreensão. Traga sua mente para próximo do Senhor, não a deixe vagar pelos parques da indiferença.

A palavra do Senhor afirma que a fé dá certeza para esperança completa. Digo completa, pois em Deus a esperança é completa, para todo o sempre, eterna. Deus não daria sua palavra para manter suas criaturas rastejando no pó deste mundo vil, não! Deus, em suas promessas, segurou-nos o rosto, elevou-nos os olhos, fazendo-nos contemplar toda imensidão de sua bondade. Conduziu-nos em Cristo para lugares celestiais.


Em sua fé estão abertos os braços do Senhor? Seu coração já entoa louvores celestiais? Sabe-se peregrino? Em terra estranha? Já experimentou a paz de Deus?

A fé que vem do Senhor não abre um espaço menor que este: a imensidão da eternidade junto a Triunidade e os santos de todas as eras.


Logo, a fé, nos une às promessas eternas e nos faz servos da vontade santa de Deus.


A fé que transpassou o coração do crente sabe que o Altíssimo enviou Seu Filho, único Filho, ao mundo. Sabe que naquela cruz foram, são e serão salvos incontáveis pecadores.

Esta é a bendita obrigação da fé: crer em Jesus Cristo, o autor da vida e destruidor da morte. Celebremos nosso resgate, pois Ele está mais próximo que no princípio quando cremos.

Se na sua fé não o faz olhar para os céus e sorrir sabendo que de lá virá o Salvador, ela de nada aproveita.

Se na sua fé não há qualquer obrigação para com o Senhor, há dolo em seu coração, e sua fé não vem do alto, e para lá não lhe levará. O Espírito do Senhor ainda não o consumiu com o fogo regenerador; e seus pés falseiam rumo ao terrível destino.


Clame ao Todo-Poderoso – Senhor dos céus, terra e mar – para que o livre de tão infame fé.

A fé, amados, são cidadelas em torno do palácio do nosso coração e da nossa mente. É a primeira e última ala a nos proteger contra toda maldade do homem anterior – que permanece vivo. Pois, com ela que abatemos os mais vis pensamentos e por meio dela não consumamos aquilo que nos horroriza.

A sabedoria, os recursos, a saúde, a família, os bens, as obras, tudo não resistirá à determinação do tempo. Apenas a fé definirá onde passaremos nossa eternidade. Se foi construída sobre a Rocha eterna – que é Cristo – as portas eternas da bem-aventurança se abrirão, para unidade definitiva com o Senhor. Mas, comprovada sua falsidade, as chamas eternas, sem direito a qualquer argumentação, serão o prêmio por tão grande rebeldia.

Sua fé permite que os grilhões da morte perfurem dia e noite o seu coração? Ela nunca o avisou sobre o temor ao Justo? E você prefere caminhar com ela, mesmo assim. Não há celebração a ser feita.

Pelo contrário, ao sair daqui, no fundo de sua alma, uma oração soará: Minha fé é o caminho para as trevas.


Ao Senhor honra, gloria e louvor de eternidade a eternidade.

Senhor, para quem iremos nós?

ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. (Hb 11.1)
A fé é um dom de Deus, portanto algo adicionado ao remido, ausente no ímpio.
Caso possível  dissecá-la, veríamos a crença e a confiança. Ambas inseparáveis. Que como objeto tem unicamente a Jesus Cristo – Pessoa e obra – revelado. É subjetiva, posto que mística; objetiva enquanto proposições.
  • A fé é a certeza – substância – da esperança, logo ela é um instrumento que nos une “às promessas e fundamentalmente à vontade santa de Deus – incluindo aí nossas obrigações”. O que não cremos fora destes dois aspectos, promessa e vontade do Senhor, não é objeto da fé  – crença e confiança – cristã.
  • Ela (em nós) é a prova que Deus existe. Ela nos permite a exatidão de todo o universo espiritual revelado.
  • O texto – a partir do v. 2 – vai corroborando com as afirmações feitas. Mostrando sua relação subjetiva e objetiva. Cita que por meio da fé os antigos se santificaram – agradaram a Deus; que por ela passamos a entender – aperfeiçoou nossa razão – o poder de Deus na criação – por iisto, damos glória a Deus; que por ela Abel ofereceu melhor sacrifício – distingui-se da religião de obras de seu irmão – agradando a Deus. E continua mostrando que a fé permite ao crente.
Concluímos que a fé é o instrumento divino pelo qual, progressivamente, nos assemelhamos a Deus, santificando-nos e engrandecendo Seu nome.
O que passar disto, devemos ter cuidado, pois pode vir do maligno.
Contrário à Palavra, quanta fé há espalhada mundo afora!
Todos se julgam possuidor de fé. Sem que a aflição a prove, estão prontos a apresentá-la em si mesmos, sem necessidades de retoques. Ela é perfeita, acabada, melhor.
Cada uma delas apresentará deus e mais alguma coisa, e com ela prescindem ou contrariam a Palavra do Senhor.
Que fé pode vir com a IURD funcionando? Com Silas Malafaia pregando? Terranova administrando bênçãos? Santiago em curas por atacado?
Com a arte de prosperar virando fé?
Que fé pode ter a Valadão orientada por Deus para comprar botas de píton para pisar em satanás?
Que fé pode ter o espírita? Fé na reencarnação? Fé que um dia ele não mais será ele, que ele será qualquer outro? Que ele paga por outros? E outros pagarão por ele?
Que fé pode ter o papista? Na missa de 7º, 15º, 30º dia, depois de 1, 2,10 anos? Na mediação pelos santos? Por Maria? Nas indulgências? Nas broas transformadas no corpo e sangue de Cristo?
Que fé pode ter o adventista? Na Ellen? No sábado? No juízo investigativo? Na obra?
Que fé pode ter o TJ? No reino dos 144 mil? No unicismo? Em um Espírito que é eletricidade? Num deus criado?
Todas elas rejeitam ao Senhor, sua morte, sua ressurreição, sua misericórdia, sua graça. São templos escuros, com seus rituais de encanto e engano, celebram a voz do próprio coração. Escravos de si mesmos, não têm para quem ir. A permanecerem, morrerão em seus próprios pecados.
A graça de Deus nos libertou de nossos corações. Servos das Escrituras, celebramos: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” (João 6:68)

A Ele honra, gloria e louvor de eternidade a eternidade

Fora estarão os santos

“Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei;” (II Coríntios 6 : 17)

Algo comum às pessoas é a fé religiosa. Pelo menos deste lado do mundo todos, mesmo que em formas diferentes, divulgam – ou divagam – o tema.

O contato com pessoas desse mundo religioso faz experimentar o discurso inflamado destes em defesa de sua fé. São pessoas de vários credos: católicos, evangélicos, espiritualistas e demais heréticos que afirmam possuir fé superior.

Afirmam que a “fé as mantém, e que é um poder de dentro delas”. Para tanto, recorrem, principalmente, às suas obras, suas conquistas, seus pastores, seus líderes, seus padres, sua igreja como evidência de fé, e já incluem, Cristo.

Não há dúvida que fé é um poder, muito menos que ela ajuda em todas as horas. Mas ao citarem que é de dentro delas, do interior, definitivamente, atribuem ao homem sua origem e natureza. Criaram um ambiente de crença com um deus qualquer como objeto e um cristo sem cruz por posse.

Aí reside a força motora da religiosidade que subverteu o cristianismo bíblico. Por meio dela multiplicam-se as manifestações superficiais e inúteis desta fé.
O acesso a esse poder ocorre pela simples adoção de uma plataforma religiosa, ingresso em um grupo, ou mesmo a herança dos pais. E isto é fortalecido pela disposição mental dominante que tudo avalia contemplando apenas os resultados. Assim, pelos testemunhos de prosperidade, curas, revisões conjugais, abandono disso e daquilo, garante-se um deus qualquer, promulga-se a fé ideal. Sem passar pela cruz do Senhor.
Como filhos das trevas, essa fé em nada os constrange, são livres para mentir, para o pecado, para o engano dos púlpitos – que passou a ser negócio. Livres para crerem naquilo que desejarem.
Tive oportunidade de assistir na televisão a liberdade da fé apóstata. Espíritas da LBV com Bíblia aberta falando o impensável do Livro de Apocalipse, também padres em frivolidade infalível fazendo arremedos sobre as Escrituras. Legitimaram a incosistência das Escrituras, cada um fala a sua aberração com ar de sabedoria. Isso os tranforma, mesmo na diversidade, num bloco sólido indestrutível… por mãos humanas. Pois, na falta de regras que lhes dá “vida”, há a tolerância e permissividade necessárias para sua unidade. São multidões sob o espírito do engano. Mensageiros das trevas.
Essa fé que se multiplica em cada esquina, é nova e rebelde. Não reserva a preservação da alma, a santificação do Altíssimo. Projeta-se para além das Escrituras, acima do temor ao Senhor.  Escolheram o peso de seu próprio jugo ao suave jugo do Senhor.
São bem-vindos os homossexuais, os políticos, idólatras, roubadores, maldizentes, os tímidos, e os incrédulos, e os abomináveis, e os homicidas, e os fornicadores, e os feiticeiros, e os idólatras e todos os mentirosos. Sem a cruz do Senhor.
Fora estarão os santos. Não podemos com os vendilhões do templo, Ele os expulsará.
Grande em bondade e misericórdia é o nosso Deus.

A Ele honra, louvor e glória de eternidade a eternidade.