Igreja Batista Regular Renascer
Manaus, 12,dezembro,2010
Com base em Jo 6.28-40.
O texto lido nesta noite, apesar da distância no espaço e na nossa história, é um fato de nosso dia a dia, repercute nos quatro cantos de nosso cotidiano.
1. É a luta entre a verdade de Deus e os caprichos da sabedoria pessoal dos homens. A despeito dos riscos, esses insistem em enfrentar o Senhor dos Exércitos.
2. São verdades de uma razão sem razão saindo em fúria contra a sabedoria, a bondade e o amor de Deus.
O que veremos expressa a convicção dos milhares que formam a pobre pluralidade religiosa. São os travestis evangélicos, o confuso paganismo católico, espiritualidade sem Espírito dos espiritualistas, a arrogância pueril dos agnósticos e ateus e demais arranjos e modismos religiosos que brincam de ser Deus, sem atinarem para as trevas que se avizinham.
É a mesma disposição que hoje temos no coração de muitos aqui sentados, cujos argumentos são construídos, impedindo-os de conhecer a simplicidade e sabedoria do nosso Deus.
Ah! Como tais corações operam contra si mesmos. Nessa luta, fingem-se fortes, não sabem que, à espreita, a morte lhes sorri, que serão apanhados em sua sabedoria.
(Jo 6:28) Perguntaram-lhe, pois: Que havemos de fazer para praticarmos as obras de Deus?
Este tem sido o questionamento da humanidade: Que deve ser feito para agradar a Deus? Todos querem colocar diante de Deus suas obras, seus méritos, suas sabedorias. Não há sinceridade no questionamento, apenas é o ponto de partida para iniciar a oposição ao evangelho da graça de Deus, pois em sua mente pronta está a resposta. Mesmo que represente um desconforto interno, uma desonestidade intelectual, permanecem firmes em sua saga de morte e desesperança. Mas na firme proposta de exaltação pessoal.
Deveriam saber que todo questionamento que envolve o nome e a vontade do Senhor está sendo descortinada a sentença de morte que paira incessante sobre todos.
(Jo 6:29) Jesus lhes respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.
A boa obra para vida é crer em Cristo, e nada mais, depositar toda sua confiança no Senhor da vida, esta é a resposta celeste, eterna. Pois, apenas Ele é poderoso para infundir a vida em corpos mortais, em mentes sombrias. Este é o grande desafio às mentes soberbas: a simplicidade do evangelho.
A submissão a Deus por meio da fé em Cristo não tem lugar na razão humana, pois conflita com a fé em si mesmo. É a seiva do prazer que flui e alimenta a tênue vida do homem sem Deus.
(Jo 6:30) Perguntaram-lhe, então: Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos e te creiamos? Que operas tu?
Apresentam suas exigências religiosas confrontando a fé em Cristo: sinais. Quem era o Senhor? Que poderia ser feito para evidenciar “a espiritualidade” de Jesus?
A rejeição ao argumento da fé, e somente a fé, estava posto. Nossos pares, em especial os pentecostais, estão à procura de algo espetacular, a procura de algo que desça dos céus em bola de fogo ou que imediatamente os transforme e os faça poderosos. A conquista do mundo é a medida da vara.
A venda da indulgência evangélica: determine, não aceite, aposse-se, prosperidade, saúde, tem substituído a fé em Cristo. Este é o canto e acalanto das multidões.
Procuram um DEUS DE PLANTÃO para atender aos seus “negócios espirituais”.
O evangelho transformador de almas foi posto de lado, surgindo um evangelho de saldo bancário, de exame médicos, conquistas profissionais, de cancelamento de duplicatas, de escaladas de fundo de poços. Todo o aparato psicológico para garantir a superioridade do “evangélico dominador deste século”.
Simplesmente não querem aceitam a fé pura e simples no Senhor, é por demais humilhante. Querem ver atendidos seus anseios, seus critérios, suas propostas. Buscam a chave da exaltação pessoal em nome de Cristo.
(Jo 6:31) Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Do céu deu-lhes pão a comer.
Seus sentidos teimam em apresentar argumentos falidos, que nem mesmo crêem, mas é preciso ter alguma coisa para lançar contra o Evangelho do Senhor. Afirmam e criam em suas mentes arranjos para desviarem-se das verdades que se apresentam. Repetem mecanicamente refrãos e ladainhas em respostas aos mandamentos de Deus.
(Jo 6:32)Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
A correção do entendimento é necessária. Todo aquele que não enfrenta “suas” verdades permanece no erro. Não foi Moisés, mas sim o Senhor que lhes havia concedido o pão que comeram.
Nada recebemos que não venha do alto, sejamos crentes ou não. “Nenhum poder terias se do céu não te fosse dado”, serviu para Pilatos e serve para todos que aqui estão. Todos somos devedores do Senhor, mesmo que se acredite acima da necessidade religiosa.
É preciso se deixar ouvir as lições do céu. É preciso saber-se ignorante quanto às verdades de Deus, para que o próprio Deus lhe dê as instruções da vida, para que saiam da morte que não cansa em sua perseguição.
(Jo 6:33-34)Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe, pois: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
Não queiram tirar vantagem pessoal do evangelho que seja além do abandono da vida de pecado que tanto prazer trás.
Não queiram como os judeus o pão para saciar apenas a fome do agora, e não saciar a fome e sede eternas pela quais clamam suas almas.
Não transforme a oportunidade ofertada por Deus em momento de vil vantagem.
Submetem a verdade aos arranjos mentais que verdadeiramente os distanciam mais e mais do Senhor.
E muitos outros há, ousam o cristianismo como espreguiçadeira intelectual, lançando seus devaneios para oferecer um novo contorno às verdades eternas. Afirmo-lhes: o oportunismo é a porta de entrada do fracasso espiritual, da surpresa e morte. Esses continuarão entendendo e divulgando conforme as trevas e interesses de seus próprios corações.
Estão em busca da verdade oportuna, da facilidade operosa, buscam o que lhes parece moda, o que lhes é adequado, a liberdade do pensador.
(Jo 6:35-38)Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede. Mas como já vos disse, vós me tendes visto, e contudo não credes.Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
Mas leio: que a vontade do Pai sobrevirá, que o Pai ordenará e o miserável render-se-á ao Seu irresistível chamado.
Nada maior poderia confortar o coração do pregador: não faço a minha vontade, não faço o meu querer, não há resultados pela desenvoltura ou sabedoria pessoal, mas sim, pelo poder e querer do Espírito.
O que ocorrerá a Igreja do Senhor nesta noite está sob o bem querer e domínio do Altíssimo. A Ele poder, honra e glória eternamente. É Deus quem opera tanto o querer quanto o realizar, Ele quem fará prosperar sua palavra… naquilo que Ele mesmo designou.
Muitos têm visto, ouvido, contudo, não crêem, e continuará assim, o Juiz de toda a terra lhes dará a paga.
E diz: TODO aquele que o Pai enviar, ESTE virá a Cristo. E virão tantos quantos foram chamados, tantos quantos tiverem seus corações constrangidos pelo Santo Espírito. Nenhum a mais, nenhum a menos.
(Jo 6:39-40)E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu, mas que eu o ressuscite no último dia. Porquanto esta é a vontade de meu Pai: Que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
Saiba, pecador, hoje o céu está aberto. Os ouvidos do Senhor estão voltados para confessares os teus pecados, para teu arrependimento, pois não passas de cinza e pó.
É tempo para contemplares a grandeza, a bondade e o amor de Deus.
Para que o teu coração aflito descanse de todo peso sobre a mansidão de Cristo, creia, Ele o aliviará.
A voz imperiosa do Senhor alerta para abandonares tuas verdades, tua religiosidade fútil, e viveres uma nova vida, que não sabes que existe… vida que não se esvai.
Apenas creia em Cristo, é o clamor dos céus!