Igreja Batista Regular Renascer, EBD
Manaus, 17,outubro, 2010
Retomamos nossa meditação neste texto de João (18.19-40), rogamos ao Senhor que nos dê sabedoria, nos dê discernimento e simplicidade para proclamarmos seus santos desígnios, e principalmente, faça abrir nossos corações para avaliarmos nossas vidas, nossos prazeres e as “nossas verdades e escolhas”.
Estamos ante a um cenário que antecede o derramamento de sangue de nosso Deus, e devemos responder a pergunta: QUE PESSOAS LEVARAM O SENHOR ATÉ À CRUZ? AINDA PERSISTEM OS TAIS EM NOSSO MEIO?
Já estivemos diante de Judas e vimos como sua ânsia por poder, sua aversão à palavra do Senhor e a falta de prazer de sua vida com o Mestre o levaram a comercializar sangue inocente (palavras dele!). E fomos obrigados a uma passada de olhos no cenário evangélico, em nossa igreja, em nossas igrejas e percebermos a multiplicação do caráter daquele que traiu Jesus.
Agora, chegamos aos religiosos, sacerdotes e uma turba mista que, antecipando a cruz, conduzem o Senhor do universo preso, humilhado até Pilatos. Como podemos identificá-los?
REJEIÇÃO À DOUTRINA E PESSOA DE CRISTO
Lemos que aquelas pessoas, após aceitarem a oferta de Judas, buscam acusação contra o Senhor. Este ponto é fundamental para definirmos e identificarmos o descontentamento maior daqueles homens contra Jesus: Lembremos que a acusação registrada por João refere-se aos seguidores de Cristo e de (1) SUA DOUTRINA (Jo 18.19). Mateus omite tal questão, mas Lucas e Marcos ensinam-nos que (2) rejeição a MESSIANDADE de Cristo (perdão pela redundância) é o ponto central (conf. Lc 22.66-71 e Mc 14.62-64). Os religiosos rejeitam as palavras e a pessoa do Senhor.
Todas as respostas do Senhor revelam que nada fez às escuras, nada ensinou em oculto. Se era, pois uma questão de ensino por que não o refutaram? Se a questão recaia sobre dos poderes divinos – chancela do Messias – de Jesus, por que não desmascararam seus “embustes”? Por que o temor? Por que não apresentar provas em contrário?
Trariam Bartimeu ainda cego, os restos de Lázaro, calariam a multidão alimentada com pequenos peixes e pão. Muito poderiam fazer, mas não o fizeram, pois o poder do Altíssimo fez ranhuras profundas e eternas na vida do povo judeu.
A verdade e o testemunho das Escrituras proclamam o caráter de Deus e nada resistirá a eles.
Percebemos que a verdade e o testemunho do Senhor corroem as entranhas dos homens que adotam suas mentiras religiosas como mantra de proteção para seu misticismo psicológico. Atormentam a ganância sustentada pela igorância e cegueira.
Os argumentos forjados nas mentes doentias e religiosas não aceitam a simplicidade do Evangelho, da honra para Cristo. Mimetizam a paz, o que não é paz.
UM “OUTRO” CRISTO
Que acusação haveria contra a pessoa de nosso Santo? Malfeitor, é a resposta. O termo utilizado refere-se à disposição interna, não apenas uma condição fortuita, mas uma disposição na prática do mal. A vida, a pessoa santa de Jesus atrapalhava suas sanhas de poder, riqueza e carnalidade. Assim é o Nosso Senhor aos olhos cobertos pelo véu da iniqüidade, pelos corações que não amam, que não conhecem o amor de Deus.
Réplicas saem em todas as direções, pois leio, já sem espanto, e isto me entristece, a aspereza, as ofensas entre “irmãos” nesse cristianismo virtual –já bem definido pela apostasia e ecumenismo. Onde deixam de lado a Verdade, assumem suas próprias defesas, glorificando a si mesmos, sem honrar Aquele que é Senhor de toda a terra.
Criaram um cristo malfeitor para seguirem esses passos.
RELIGIOSIDADE VAZIA
Sim, esses, se recusam a entrar no pretório (Palácio e sede administrativa do governador, conf. At 23.35) para não se tornarem impuros, o que os impossibilitaria de comerem a páscoa. Estamos diante de uma manifestação religiosa sem valor espiritual, sem palavra e sem a Pessoa de Cristo.
Suportam-se apenas na aparência sem, contudo, calar o rancor que inunda o coração inconverso. Assim agiram aqueles homens, assim é a multidão evangélica que não conhece a verdade, nem ao Senhor e por Ele não foi transformada.
Arregimentam seus súditos pelo discurso da bravata, o relicário da falsidade estendido por todo picadeiro, rilham seus dentes frente às verdades e o próprio Cristo, buscam sua própria glória. Hoje estão em multidões, e nos acercam, fujamos desses, é mandamento do Senhor!
PROMOÇÃO DO PECADO
Adiante temos: “Não nos é lícito matar”. Este texto indica que precisamos caminhar lentamente sobre esse terreno, pois há demasiada sutileza em satanás. Percebamos como ele move o coração religioso. Mais medo há da verdade de que todos os esforços que façamos de nós mesmos.
A verdade prolatada fará o pecado se manifestar nas formas mais improváveis. Confrontemos o erro. O que aconteceu com nossa igreja? Como se apropriou da orgia musicada em praça pública abandonando a Verdade? As sutilezas das trevas são manifestas. No Éden satanás não pecou, apenas induziu ao pecado. A orquestração de um arranjo mundial criou um ambiente propício ao pecado, deixando a Verdade de lado e com ela o Cristo.
UMA “OUTRA VERDADE”
Essa é a idéia e propósito dos religiosos freqüentadores de templos é a conquista do mundo, nem que para isso rejeitam a verdade. Nessa orquestração fomenta-se o pecado no arraial do Senhor: São pastores – até pastoras, quem diria! – autores de livros, conferencistas, líderes, simples membros. A sutileza mobiliza por um mundo melhor: Brasil para Cristo, Marcha para Jesus… estão sendo consumados os desígnios de satanás.
São esses homens que estão aqui, são os mesmos que já haviam colocado em seus corações a necessidade de oferecer o Cristo em troca de poderes seculares. Pois, acreditavam que com isso satisfariam ao governo romano.
Mas, graças ao Altíssimo a Verdade não é nossa, não provém de nós. Ela batalha contra o exército de todo o engano, e nessa guerra não há tréguas. Reduziremos nosso front, pois o batalhão de satanás agora leva consigo essa multidão incauta de religiosos sem verdade, sem Deus, sem sangue. Mas sei, na hora mais renhida ouviremos:
“Sou príncipe do exército do SENHOR e acabo de chegar.”
DEle, e apenas DEle, vem a verdade, a força e a esperança
ADVERTÊNCIA DO SENHOR
Não ousemos contradizer os céus, leiamos e deixemos nossos corações serem levados pelo texto: homens que estavam a poucas horas de sua cerimônia religiosa, para qual se preparavam apenas exteriormente, cumpriam os ritos de sua religião, e o faziam com sinceridade; nada tinham de conteúdo para obstarem-se contra a verdade do Senhor. Assim, movido pelos seus corações, criaram a condição necessária para que fosse cometido um pecado que atendesse à sua natureza de pecados.
Leiamos, por favor, João 19.12 e 15. Vilipendiar o nome de Cristo para auferir vantagens seculares? Reparem na multidão de mercadores, que têm vendido o Senhor para todo aquele que pagar mais.
QUAIS ACUSAÇÕES RECAEM SOBRE ELES?
Que poderia o pregador falar a respeito dos homens que conduziram o Senhor ao martírio, à morte? A mais profunda humilhação do Altíssimo? Mesmo que por ela tenhamos vida, há a advertência do Todo-Poderoso:
“Pois o Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito; mas ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido!” (Mc 14.21).
São malditos, enganam e vão sendo enganados! Ergamos nossos olhos, como está o arraial dos santos? Não são os dias desses senhores “da religião”? Não é a busca da satisfazer seus próprios corações? Sim, e para isso, se utilizam de toda sorte de pecados, e lançam às sarjetas a verdade das Escrituras… e o sangue do Eterno. Esse é o arraial dos santos, convivendo e regozijando-se com o pecado, busca o resultado a qualquer custo. Sim, eles continuam em nosso meio.
EXORTAÇÃO FINAL
Fujamos desses. Destruamos suas fortalezas de falácias, separemo-nos dos atalaias do enganos, dos falsos irmãos, dos homens que continuam a expor nosso Cristo a ignomínia. Como os católicos, subvertem a palavra e novamente sacrificam Nosso Senhor.
A Ele honra, louvor e glória eternamente.