Num cenário onde todos se julgam capazes de opinar. E onde os conceitos seculares passaram a usufruir de prestígio junto às religiões humanas – catolicismo romano, espiritismo, evangelicalismo e demais. O Cristianismo Bíblico precisa apresentar – restabelecer – seus verdadeiros conceitos. Sob pena de ser confundido com as demais.
Esta argumentação, não apresenta abordagem da formação histórica do Fundamentalismo. Sobre o que se opunha, quais os benefícios ou melefícios advindos dele.
O propósito é apresentar o que realmente é FUNDAMENTALISMO CRISTÃO.
O QUE É FUNDAMENTALISMO CRISTÃO?
Não podemos responder sem que antes passemos a conhecer alguns conceitos de acordo com sua etimologia, afastando-nos dos valores seculares.
Fundamentalismo, em síntese, é a defesa, com convicção, dos ensinos Cristãos que foram estabelecidos ao longo da História. Ao longo da História implica em tradição, tradicionalismo.
Necessário é entender o que TRADICIONALISMO, contrário ao que o nosso raciocínio nos levaa pensar, NÃO É aquilo que se estabeleceu apenas pela persistente conveniência de alguns, ou ainda pelo hábito religioso de outros à parte da História. Pelo contrário,
TRADICIONALISMO É tudo que se perpetrou ao longo da história da fé cristã por meio da aplicação de ensino claro das Escrituras, portanto, com fundamento na história.
Assim o Tradicional tem Fundamento, que são as Sagradas Escrituras.
FUNDAMENTALISMO, é ACREDITAR, VIVER E DEFENDER as verdades que tenham apresentadas pelas Escrituras.
Outra caracterítica associada ao Fundamentalismo é Radicalismo.
RADICALISMO significa ter raízes – NÃO significa brutalidade ou falta de educação. Adequando-o ao nosso contexto, significa é ser maduro, convicto.
Fundamentalista é aquele que crê que toda verdade – espiritual – está apenas nas Escrituras, e que não é demovido desta convicção. Mas, que para defendê-la, não faz uso da força, ofensas etc. Tampouco acredita que sua argumentação logrará êxito sem a intervenção de Deus.
Em seu radicalismo, entende, sem dificuldades, que todos os demais têm direito às suas convicções, mesmo que as saiba falsas, inóquas.
E A ESCRITURA COM SUAS MÚLTIPLAS INTERPRETAÇÕES?
Mas como podemos saber qual é a verdade se as Escrituras têm várias interpretações?
Este argumento é próprio de quem nunca leu as Sagradas Letras. Quando o ouço, percebo na frase uma auto confissão de ignorância do assunto. É, rigorosamente, falta de argumento. Desconheço a experiência de abrir a Palavra com os representantes da frase. Sempre se esquivam, adicionando outros assuntos, ou comentários, para depois baterem em retirada.
PRÁTICA FUNDAMENTALISTA
Havendo uma única verdade, a seletividade dos pares para desenvolverem ações cooperativas é uma exigência. O seu traço particular está na rejeição de ações cooperativas com pessoas ou grupos que estabeleçam seus valores sem submissão à Verdade.
Isto não implica na inimizade, ofensas ou confronto desnecessários, apenas a não cooperação. Ocorre na separação de grupos ou pessoas que defendem posições contrárias as Santas Letras.
Fundamentalismo não se estabelece por meio de lutas ou perseguições, mas simplesmente pela não cooperação em projetos que implicam na negação dos valores fundamentais da fé cristã.
EXIGÊNCIA FUNDAMENTALISTA
Para que tais atitudes sejam empreendidas exige-se maturidade, e com ela responsabilidade. Ambas, maturidade e responsabilidade advêm do conhecimento – convicção – da Verdade. É uma evidência de Fundamentalismo.
FALSIDADE FUNDAMENTALISTA
Os apóstatas procuram tirar de sobre si as suas marcas, e correm para esconderem-se sob qualquer perfil religioso. Assim, é comum observarmos pessoas – muitas vezes sinceras – saem em defesa de posições pretensamente fundamentalistas:
• Defender – até com ardor – apenas prática litúrgica;
• Pertencer uma “elite espiritual”;
• Pertencer a uma igreja;
• Ardor interior, mas sem convicções;
• Isolar-se – até ser soberba – por nunca achar seus pares.
Há perigos na proposta Fundamentalista quando não tem seu correspondente espiritual. Aquilo que deveria ser uma conduta responsável, acadêmica e espiritual, passa a ser uma defesa partidária em torno de grupos ou de idéias pessoais.
Muitos fazem “seu próprio Fundamentalismo” que nada mais é que uma expressão partidária. Seus defensores, em grande número, são tolerantes, e não poucas vezes, co-participantes do pecado de seus pares.
Há outros que se agridem, defendem-se, acusam-se, separam-se e unem-se movidos por um ideal meramente humano, sem a devida observação da palavra do Senhor.
É a esta prática que chamam falsamente de Fundamentalismo. Aquilo que deveria ser a defesa radical (conhecimento e prática) dos valores fundamentais da fé Cristã perdeu-se em seu radicalismo, separou-se da verdade, ficou vazio, sem conhecimento, sem averiguação, sem fundamentos.
CONCLUSÃO
O Fundamentalismo, segundo o mundo, é retrógrado, brutal e sem conhecimento. Praticá-lo, implica em fazer parte de grupos a serem evitados.
Pergunto: Há outra forma de viver dignamente o Cristianismo? Como não defendê-lo com convicção (radical). É uma forma de completarmos os sofrimentos do Senhor.
É um privilégio dado pelo Senhor, nos permitir conhecê-lo, sua verdade e podermos vivê-la em mansidão.
É a pronta resposta para todo aquele que pedir a razão da esperança que há em nós.
Sendo mandamento bíblico, devemos fazê-lo por meio de expressões espirituais: amor, longanimidade, benignidade, mansidão, domínio próprio.
“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” (Judas 1:3)
Que o Senhor seja louvado.
A Ele honra, glória, louvor por toda eternidade.