Obrigado pelo consolo

“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;” (Mateus 5:4)

Em meio a confusão criada pela entrada do humanismo no ambiente teológico, as verdades divinas foram corrompidas, passaram a dar a elas significados totalmente diferentes, estranhos. Prerrogativas exclusivas de Deus caíram em mãos impróprias,  foram mundanizadas pelo homem secular. 

Consolo tem um significado em cada mente em cada coração, é o relativismo retórico que destruiu os conceitos, mas não diminuiu a dor.

Consolar, segundo DEUS e só pode ser realizado por Ele, é exercer sua capacidade de chegar-se para perto do aflito, e com PODER socorre-lo. Na prática significa dividir a dor, a aflição. Ou seja, agir na alma humana por meio de verdades espirituais, que em seus significados, atenuam a dor do aflito.

Que poder há no homem para realizar algo de tamanha magnitude?

Há dois outros fundamentos que o humanismo tenta subtrair do consolo, que são a Verdade e a Esperança. Sem as quais não há consolo. E homem se acredita capaz de promover consolo. O absurdo chegou a tal proporção que existem sites especializados em consolo.


Que verdade há no homem? Qual a extensão e certeza da esperança por ele oferecida?

Sob tais verdades das Escrituras escrevi abaixo.

Entendo e procuro aceitar, a aflição, a dor, a saudade. Participei e conheço a natureza humana que percorre seus próprios caminhos – sem Deus – na busca de satisfazer a alma. O homem busca retirar de si mesmo algo que  o console, diminua seu pranto. Em vão tenta. 

Na escuridão que se encontra, lança mão de filosofias pessoais, clichês, palavras de consolo para fechar as feridas, compensar a dor. Tais tentativas são evidências do desconhecimento da natureza da alma, do cerne humano. São frases soltas, contrárias à verdade, como vindas do Senhor. Apropriam-se de seu nome, para transformá-lo em mero instrumento de auto-ajuda. Como compensar a dor que é real? O que poderá ser produzido pelo homem para preencher o vazio instaurado?

Incapaz, não compreende que apenas em Deus há a possibilidade do afago, do consolo. Ao buscar seus meios, alijando ao Senhor, perde a possibilidade de conhecer a verdadeira paz, o descanso para sua alma cansada.  São tentativas perigosas, pois rejeita as verdades divinas, optando pelo seu próprio entendimento. Isto não trará danos eternos?
Reconheço a bondade intrínseca, o choro compatilhado, os pensamentos de saudade. Mas, em nada disso, encontro o verdadeiro consolo.
Eu sei, eu bem sei que o consolo da alma só pode vir Daquele que a criou.

Em minha dor, eu bendigo ao SENHOR, pois sei: Só Tu és Deus, não há outro além de Ti, Deus de toda consolação.
Este, que um dia me fez conhece-LO verdadeiramente, me tem consolado, E como gostaria, que em Sua bondade fizessem a todos que amo conhece-LO também.
Bendito seja o Senhor que me remiu, que tem guardado meu coração. NELE e somente NELE tenho confiado.

Com quem morarei por toda a eternidade.
A ELE honra, poder e glória de eternidade a eternidade.

A morte da vida na morte de Deus

O Cristianismo Bíblico, sempre existiu por haver um relacionamento real com Deus. O Deus pessoal, eterno, criador de todas as coisas comunicou-se com suas criaturas, revelando-Se.


Toda esta realidade foi perdida, abandonada, caiu em mãos aflitas, em mentes perturbadas do homem moderno. Proclamaram a inexistência do Senhor – sua morte -, assumiram o controle sobe a vida e a morte, e o Cristiansimo saiu das Escrituras e passou a ser meramente uma religião.


Há algo novo em seu lugar. Arrancaram suas entranhas, remontaram seus princípios, sua etimologia, suas particularidades e natureza. Iniciando uma trilha descendente e sem retorno. Pobre humanidade.


Mesmo que o homem comum de nossos dias não questione seu real significado e propósito, ele apropriou  desse fenômeno meramente social e psicológico, chamou-o de religião. Contando com um cenário imediatista, sem capacidade crítica – disposição mental -, essa transgressão conceitual e prática passou a ser a verdade. O Cristianismo perdeu sua razão, e vive hoje embalado pelos braços dos valores e regras da Psicologia e outras ciências Sociais.


É regra, pessoas de diversas idades, posição e nível cultural opinarem a respeito de religião sem compreensão adequada. Confusas, sem fundamento teórico, tratam da questão como se um resultado de futebol ou mesmo como uma questão de gosto pessoal. Transformou-se em uma prenda, sem regras, sem limites. Os valores meramente humanos, como o anseio, a ignorância e filosofias, compõe a matriz dessa religiosidade. Custumizou-se uma para cada  indivíduo.  Seu misticismo passou a ser um passe de mágica, um clamor vazio ao desconhecido. Tudo ficou envolto em sombras, o desconhecido autoriza o absurdo.

Em religião tudo é possível, dizem.


O desconhecido é na verdade o inexistente, o Sr. Impessoal. Assim, religião, em sua  nova cosmovisão, é apenas uma relação circunstancial do indivíduo com suas projeções mentais – seu imaginário. Internalizou-se a deus. O conjunto de forças do indivíduo é deus – o deus ninguém. Sua auto-determinação chamou-a de fé. Com esse conceito de fé o homem subjugou  a Deus. O grande poder está na sua mente e em sua determinação para realizar-se. O homem moderno é o Senhor do Universo, o centro de adoração.


A religião é mais uma forma de satisfazer-se. O propósito religioso está circunscrito aos ideiais humanos. A verdade, que outrora engrandecia ao Senhor, transformou-se em mantras do absurdo para conquistas e engrandecimento das criaturas.  O homem vive sobre  um deus ninguém. Os resultados são perceptíveis, estão por todos os lados:

A morte da esperança. A esperança foi banida do coração, consequentemente a vida perdeu seu valor. 


Até quando Senhor?

Bendito seja nosso Deus. A Ele honra, glória e louvor. De eternidade a eternidade.


A vida por um espelho

Todos os dias um pássaro voa em direção à porta da nossa casa, pousando na maçaneta. E na porta fechada, logo percebe sua imagem refletida no vidro, e vorazmente inicia sua luta contra a própria imagem. Há desespero e urgência em combater esse reflexo – seu inimigo. Com visível determinação, não economiza esforços para expulsá-lo – ou subjulgá-lo – e reinar. Em seu mundo de aflição, seu inimigo não lhe oferece tréguas, sempre pronto para desafiá-lo, reage a qualquer movimento.

Por vezes, me aproximo, tentando abrir a porta para livrá-lo daquele torneio inútil. Mas antes de abri-la, voa para longe, refugiando-se na segurança dos arvoredos ao derredor. Sempre desafiante, recupera as forças para continuar o confronto.

Sou, para ele, o incompreensível que interrompe sua luta real. Estou impossibilitando-o de vencer seus temores, de efetivar sua conquista. Percebo-o incapaz  de entender sua realidade. Ao sair em seu socorro, transformo-me em mais um inimigo. E tão logo fecho a porta, ele novamente reinicia sua incansável – interminável – luta. Para ele não há alternativas, não há outro modo de viver.

Sua natureza subjulga sua razão.

Residimos nessa casa há anos, nossos voadores visitantes mudam. Muitos outros já estiveram sobre a mesma maçaneta, travaram a mesma luta – e todos perderam. Mais virão, repetindo essa mesma sina. Presos aos seus instintos – sua natureza, não podem fugir dela.

Sua luta pela sobrevivência o engana e conduz à morte.


É uma vida singular. Ele tem sua razão de viver, combater inimigo. Sem a frágil maçaneta perderia sentido a vida. 




Nada que eu faça permite-nos intergir. A diferença entre nossas naturezas é um imperativo intransponível. Somos incapazes de transformar tal realidade. Ele continuará perseguindo o objetivo de sua vida, até que o verdadeiro inimigo a ceife. Até lá, o verei muitas vezes, ele me verá outras tantas… e tudo permanecerá como está e sempre foi.

Em sua ilusão não há esperança… pobre pássaro.


Há um paralelo cruel entre esse pássaro e o homem. Este envolvido em sua realidade tem seus inimigos, com eles os temores. Arrancar das entranhas da alma a força para conquistar seus inimigos. São lutas intermináveis com o espelho, o mundo de seus pares. A apoiá-lo apenas a frágil maçaneta. Seu instinto subjuga-o completamente.


Diferente da mim, em relação ao pássaro, Deus tem poder para mudar a natureza do homem. Fazê-lo entender a realidade que o envolve e o destino cruel que o espera… ou continuar vivendo sobre uma frágil maçaneta.


Mas, em sua razão entorpecida, foge para um lugar – para ele – mais seguro. Consome-se em planos para as próximas investidas. Continuará lutando até um dia não mais voar para seu combate vão.






Como recuperar-lhe a razão?

Deus, por meio do Evangelho, faz com que o homem nasça de novo. Abre-lhes os olhos para que perceba inimigo real: sua índole, sua natureza. Ela que o engana, o consome, o faz repetir o mesmo ciclo de desesperança de todos os demais.




Importa-vos nascer de novo, diz o Senhor.




O novo nascimento, a mudança de índole, de natureza. Somente o poder de Deus é capaz de tão profunda transformação. Fornecer-lhe a esperança da vida eterna.


Oro ao Senhor para que, em sua bondade e amor, transforme o coração de milhões, e que esses venham a experimentar a verdadeira vida em Cristo Jesus.

A ele, honra, glória  e poder de eternidade a eternidade.

Rejeitando a vida

Sangue, não!

Ecoou o gritou da senhora ao saber que seu marido necessitava urgentemente de transfusão de sangue. Esta cena assisti em programa que apresenta fatos reais passados em um plantão de emergência médica. Tratava-se de um casal de idosos que, supostamente, se envolvera em grave acidente de trânsito. O marido se encontrava inconsciente, e perdera muito sangue. Sua esposa, mesmo machucada, repetia, Sangue, não! Uma médica os identificou: Testemunhas de Jeová – conhecidos pela não aceitação de transfusão de sangue entre humanos.

O ABSURDO É O FUNDAMENTO


Há algo de peculiar entre esse episódio e o momento que vivemos. Podemos afirmar que em nenhuma religião cristã, tampouco no judaísmo acredita-se nisto. Tal conduta – não transfusão de sangue entre seres humanos – é destituída de qualquer orientação bíblica, e em muito fere a racionalidade humana. Qualquer pessoa que tenha acesso aos textos sagrados, dos quais é retirado este falso ensino, observará que não provém de análise adequada. De mesma forma, ocorre ao passearmos sobre as falsas verdades que embalam os devaneios da religião que vemos diante de nossos olhos em canais de TV, em cultos embalados, na Marcha para Jesus e nas mais variadas estratégias para angariar recursos em nome de deus.

GUIADOS PELO PRÓPRIO CORAÇÃO


Como, pois, então surgem tais práticas? A resposta é simples: Pela disposição do homem em rejeitar as verdades históricas, e sair em busca do que seu próprio coração deseja. É a ânsia em produzir novidades. É o espírito da modernidade, quebrar paradigmas, buscar o novo. É a resposta aos anseios “religiosos” dos homens que querem um outro deus. 


A MORTE DA VERDADE


Na profusão de verdades descobertas, nada sobrou do Cristianismo bíblico. O homem religioso deste tempo foi contemplado com altares e cultos para sua realização pessoal. A todo custo e a todo momento são criados artifícios para satisfação de uma clientela àvida por realização e conquistas. Tudo se faz novo, e pelas novidades, decretou-se a morte da verdade histórica. E o cristianismo bíblico, escorraçado nos púlpitos, fugiu , rastejando pelos becos, sem verdade e sem consistência.


O RESGATE DA MORTE


Trouxeram de volta a morte, proclamam-na a pleno pulmões. Todas as hostes satânicas sobem nos púlpitos, entoam louvores e em gargalhadas apontam para o novo tempo. É uma grande festa. Com salões repletos, a apostasia comemora radiante. Todos os poderes, afirmam, estão à disposição dos homens. Os católicos com a transubstanciação, afimam reproduzir e comer o corpo de Cristo; os espíritas trazem do além vozes, na tentativa de consolar mortos; os evangélicos, em suas línguas estranhas, convidam a todos para comer e beber o melhor da terra, é o cumprimento das promessas de deus.  E o séquito, em multidão, lentamente segue, tomando conta do largo caminho.

A CERTEZA DA MORTE 
A convicção daquela senhora resplandece na face cruel da apostasia. Observamos, boquiabertos, os argumentos em defesa de suas práticas. A soberba e a ignorância revestidas de autoridade são a sua razão de existir. Respiram os últimos momentos de suas vidas, e, assim mesmo, recusam-se em aceitar sangue. Em nome de Jesus, acreditam legitimar, por contra própria, o que Deus condena. O tempo escoa, e cegos não percebem que a verdade os condena.  

UM GRITO PARA MORTE
O grito daquela senhora em defesa de sua fé, foi sua manifestação final. Em sua convicção condenou-se à morte, levando consigo seu esposo. Nada aprendeu do verdadeiro caráter de Deus, criou seu próprio amor. Em sua convicção, gritou contra a graça , contra a misericórdia, gritou contra a verdadeira  vida.


O mesmo grito ecoa das multidões: Sangue, não! Sangue, não! Rejeitam o amor, rejeitam a esperança, a graça e a misericórdia de Deus. Convictos, não se arrependem, rastejam enganados sobre o pó da terra.


Gritam contra Cristo, contra a cruz. Gritam contra o convite para o descanso de suas almas. 

Esta geração perdida precisa clamar: Sangue, sim!  Sangue, sim!
Que clamem: Sangue, sim!

e terão seus pecados perdoados.




Que Deus seja louvado.

A Ele honra, gloria, poder de eternidade a eternidade.

A mansidão do Fundamentalismo Cristão

FUNDAMENTALISMO


Num cenário onde todos se julgam capazes de opinar. E onde os conceitos seculares passaram a usufruir de prestígio junto às religiões humanas – catolicismo romano, espiritismo, evangelicalismo e demais. O Cristianismo Bíblico precisa apresentar – restabelecer – seus verdadeiros conceitos. Sob pena de ser confundido com as demais.


Esta argumentação, não apresenta abordagem da formação histórica do Fundamentalismo. Sobre o que se opunha, quais os benefícios ou melefícios advindos dele.

O propósito é apresentar o que realmente é FUNDAMENTALISMO CRISTÃO.


O QUE É FUNDAMENTALISMO CRISTÃO?

Não podemos responder sem que antes passemos a conhecer alguns conceitos de acordo com sua etimologia, afastando-nos dos valores seculares.


Fundamentalismo, em síntese, é a defesa, com convicção, dos ensinos Cristãos que foram estabelecidos ao longo da História. Ao longo da História implica em tradição, tradicionalismo. 
Necessário é entender o que TRADICIONALISMO, contrário ao que o nosso raciocínio nos levaa pensar, NÃO É  aquilo que se estabeleceu apenas pela persistente conveniência de alguns, ou ainda pelo hábito religioso de outros à parte da História. Pelo contrário,
TRADICIONALISMO É tudo que se perpetrou ao longo da história da fé cristã por meio da aplicação de ensino claro das Escrituras, portanto, com fundamento na história.

Assim o Tradicional tem Fundamento, que são as Sagradas Escrituras.

FUNDAMENTALISMO, é ACREDITAR, VIVER E DEFENDER as verdades que tenham apresentadas pelas Escrituras.

Outra caracterítica associada ao Fundamentalismo é Radicalismo.


RADICALISMO significa ter raízes – NÃO significa brutalidade ou falta de educação. Adequando-o ao nosso contexto, significa é ser maduro, convicto.

Fundamentalista é aquele que crê que toda verdade – espiritual – está apenas nas Escrituras, e que não é demovido desta convicção. Mas, que para defendê-la, não faz uso da força, ofensas etc. Tampouco acredita que sua argumentação logrará êxito sem a intervenção de Deus.


Em seu radicalismo, entende, sem dificuldades, que todos os demais têm direito às suas convicções, mesmo que as saiba falsas, inóquas.

E A ESCRITURA COM SUAS MÚLTIPLAS INTERPRETAÇÕES?

Mas como podemos saber qual é a verdade se as Escrituras têm várias interpretações?


Este argumento é próprio de quem nunca leu as Sagradas Letras. Quando o ouço, percebo na frase uma auto confissão de  ignorância do assunto. É, rigorosamente, falta de argumento. Desconheço a experiência de abrir a Palavra com os representantes da frase. Sempre se esquivam, adicionando outros assuntos, ou comentários, para depois baterem em retirada. 


PRÁTICA FUNDAMENTALISTA

Havendo uma única verdade, a seletividade dos pares para desenvolverem ações cooperativas é uma exigência. O seu traço particular está na rejeição de ações cooperativas com pessoas ou grupos que estabeleçam seus valores sem submissão à Verdade.

Isto não implica na inimizade, ofensas ou confronto desnecessários, apenas a não cooperação. Ocorre na separação de grupos ou pessoas que defendem posições contrárias as Santas Letras.

Fundamentalismo não se estabelece por meio de lutas ou perseguições, mas simplesmente pela não cooperação em projetos que implicam na negação dos valores fundamentais da fé cristã.


EXIGÊNCIA FUNDAMENTALISTA

Para que tais atitudes sejam empreendidas exige-se maturidade, e com ela responsabilidade. Ambas, maturidade e responsabilidade advêm do conhecimento – convicção – da Verdade. É uma evidência de Fundamentalismo.


FALSIDADE FUNDAMENTALISTA

Os apóstatas procuram tirar de sobre si as suas marcas, e correm para esconderem-se sob qualquer perfil religioso. Assim, é comum observarmos pessoas  – muitas vezes sinceras – saem em defesa de posições pretensamente fundamentalistas:

• Defender – até com ardor – apenas prática litúrgica;
• Pertencer uma “elite espiritual”;
• Pertencer a uma igreja;
• Ardor interior, mas sem convicções;
• Isolar-se – até ser soberba – por nunca achar seus pares.

Há perigos na proposta Fundamentalista quando não tem seu correspondente espiritual. Aquilo que deveria ser uma conduta responsável, acadêmica e espiritual, passa a ser uma defesa partidária em torno de grupos ou de idéias pessoais.

Muitos fazem “seu próprio Fundamentalismo” que nada mais é que uma expressão partidária. Seus defensores, em grande número, são tolerantes, e não poucas vezes, co-participantes do pecado de seus pares.
Há outros que se agridem, defendem-se, acusam-se, separam-se e unem-se movidos por um ideal meramente humano, sem a devida observação da palavra do Senhor.

É a esta prática que chamam falsamente de Fundamentalismo. Aquilo que deveria ser a defesa radical (conhecimento e prática) dos valores fundamentais da fé Cristã perdeu-se em seu radicalismo, separou-se da verdade, ficou vazio, sem conhecimento, sem averiguação, sem fundamentos.


CONCLUSÃO

O Fundamentalismo, segundo o mundo, é retrógrado, brutal e sem conhecimento.  Praticá-lo, implica em fazer parte de grupos a serem evitados. 


Pergunto: Há outra forma de viver dignamente o Cristianismo? Como não defendê-lo com convicção (radical). É uma forma de completarmos os sofrimentos do Senhor.

É um privilégio dado pelo Senhor, nos permitir conhecê-lo, sua verdade e podermos vivê-la em mansidão.

É a pronta resposta para todo aquele que pedir a razão da esperança que há em nós.

Sendo mandamento bíblico, devemos fazê-lo por meio de expressões espirituais: amor, longanimidade, benignidade, mansidão, domínio próprio. 
“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.” (Judas 1:3)

Que o Senhor seja louvado.
 
A Ele honra, glória, louvor por toda eternidade.

Apostasia, graças a Deus – III

Apostasia, graças a Deus


Nesta parte descrevo como o sistema apóstata abriu os flancos do Cristianismo e perpetrou sua engenhosa desmontagem das verdades bíblicas.

Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade; (Cl 2.8,9)


A formação dos mercadores 
Lemos anteriormente que a rejeição do método de interpretação bíblica deu início à formação de todo o sistema apóstata. Com isso, operou-se um grande benefício em favor do segmento acadêmico da apostasia. O tempo para formação de pastores e professores – multiplicadores – passou a ser determinado pelo período de conhecimento dos caminhos, sempre tortuosos, do aumento da receita da igreja – e da sua própria. A astúcia comercial substituiu a espiritualidade e esforço acadêmico.

Luta franca contra o Cristianismo
A meditação necessária na análise dos textos sagrados foi superada pela interpretação secular. Pastores e professores apóstatas debruçaram-se sobre as Escrituras, alimentados pelos rudimentos do mundo – psicologia, sociologia, filosofia etc. – extrairam significados nunca antes “percebidos”. Dos suntuosos púlpitos aos corredores, uníssonos proclamavam a declaração de rompimento com o Cristianismo Bíblico: doutrina é coisa de homem; eleição é heresia; fé não se discute; ninguém pode julgar; apenas o Espírito (?) confere a verdade. Assim, foram apresentadas suas armas para luta. Luta, sim, contra a fé que, de uma vez por todas, foi entregue aos santos. Consumou-se o cenário, que iniciado no seio do cristianismo, apoderou-se dele, para, por fim, substituí-lo completamente. Começava asim a história de outro cristianismo.

Rejeição aos Santos
Novo Testamento
A partir da introdução de novos conceitos de interpretação – ou mesmo pela ausência deles – o sistema apóstata aprofundou seu distanciamento do Cristianismo bíblico. Rejeitou a perspectiva dos escritores neotestamentários, estabeleceu sua nova visão. Apedrejou os eleitos de Deus; homens que viveram e aprenderam do próprio Mestre. Revelação, Inspiração, Preservação, Iluminação, santas doutrinas que ensinam a profundidade e poder de Deus em levar sua vontade até os confins da terra foram lançadas aos cães.

A Palavra que atravessou séculos alimentando milhões de santos perdeu sua suficiência, sendo necessário ser completada por escritos de homens. A verdade revelada pelo Filho passou a receber adições, ora do espírito – da apostasia -, ora da constante atualização das doutrinas humanistas. As crendices e superstições alcançaram lugar de projeção em meio às novas verdades.

O Cordeiro de Deus perdeu sua suficiência, saindo um Cristo transfigurado para atender aos anseios do homem moderno. Com sua túnica – sem costuras –, ensinando os caminhos da saúde, poder e prosperidade.

Reconceituado o Novo Testamento, com as adições necessárias, mais uma vez surgiram antigas sendas do catolicismo romano, e a autoridade das Escrituras passou para mãos dos homens.

“AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.” (I João 4:1).



Rejeição aos Santos
Velho Testamento
O testemunho dos escritores neotestamentários – em maioria judia – a respeito do Velho Testamento é o maior legado literário para compreensão da história do povo hebreu. Conhecedores e praticantes da Lei, sob a orientação do Espírito Santo, esses escritores entenderem que a sua história se desenrolara dentro do programa de Deus, fora envolvida em grande simbologia.


Todos os fatos descritos pelos santos profetas, na verdade, projetavam para uma realidade consumada em Cristo. O templo, o sacerdócio, os sacrifícios, as festas foram símbolos cujo significado real foi revelado em Cristo. Sob esta visão, os escritores sagrados recorriam às passagens da Antiga Aliança permitindo aos leitores de todas as épocas, a compreensão correta dos eventos ali registrados. Construíram um arcabouço de valores e significados judaicos inquestionáveis para a Igreja Cristã de todas as épocas. De tal sorte, que santos de todas as eras se apropriaram da importância e do uso harmônico de ambos Testamentos. Como um escriba instruído que tira coisas novas e velhas do infinito tesouro. Sabendo estabelecer a distinção entre as duas instituições divinas, Israel e Igreja no programa de Deus.


Não há uma única linha nos escritos do Novo Testamento que sugira que a Igreja será abençoada com as promessas que foram feitas para Israel. Esta verdade comprometia a sustentação apóstata. Santidade sem barganhas financeiras estava em completo desacordo com a proclamação e a mente do sistema. Apenas heréticos e visionários postulavam que a Igreja receberia a terra e as promessas de Israel.  E foi este o caminho adotado.


A voracidade pastoral necessitava de argumentos mais próximos e adequados aos novos propósitos da igreja. A questão é de negócio – pragmática -, não teológica. Assim, foi necessário adotar um sistema de verdades que apoiasse um discurso voltado para enriquecimento, prestígio e poder. Desta feita foi abandonada a visão de Deus registrada pelos seus santos profetas e apóstolos.

Roubando Israel
Dotados de uma nova visão. O próximo passo foi descobrir um modelo bíblico que se ajustasse aos propósitos seculares da igreja. Pouco esforço precisou ser feito para lograrem êxito. As promessas de Deus para as conquistas de Israel deveriam ser usurpadas e colocadas no coração da igreja. Israel com suas promessas não consumadas seria redimido por meio da igreja. A despeito da violência acadêmica envolvida, esta falácia criou corpo e passou a ser a base de todo sucesso alcançado.

A nação de Israel, objeto das promessas de Deus, foi trazida para dentro dos templos. As promessas que lhe pertenciam, passaram a ser da igreja. Repetia-se a velha ladainha católica com a figura do papa como vigário, substituto de Deus neste mundo. A versão apóstata recuperou os elementos católicos e, além de seu enriquecimento, estendeu aos demais. A igreja – com todos seus representantes- era a voz do Senhor para todos os homens. 

Ser Israel com suas promessas passou a ser razão de ser da vida apóstata. Tomar posse da terra movimenta vida da apostasia missionária. Tomar posse da terra alimenta a carnavalesca Marcha para Jesus ou Brasil para Jesus.

“Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.” (João 17:9)


Coerente com seus anseios de enriquecimento e projeção pessoal, a ordem apóstata colocou-se acima de todos esses fatos, e, em êxtase, se apropriou de todas as promessas terrenas de Israel. Repetiram o Concílio de Trento, reabriram o Cânon e se apropriaram do nome de Israel. Sem história, sem escritos, o escriba da aspostasia subscreveu “OUTRA ESCRITURA”, fonte de águas por onde navega a nau da imoralidade dogmática que caracteriza o sistema apóstata.


Nos seus discursos – quase nacionalistas – exaltam a nação de Israel, mas roubaram-lhe as promessas de Deus. Proclamam uma nação que não existe, Israel sem promessas.  Ao usurparem as promessas de Israel, extinguiram-na, violaram a encarnação do Senhor, sua nação, seus irmãos, sua humanidade, por fim sua obra redentora.


Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas; Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém. (Rm 9.4,5)

E TAMBÉM houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. (2 Pe 2.1,2)

Senhor em tua infinita bondade livra-nos dos homens maus e dá-nos discernimento e entrepidez. 

A Ele honra, louvor e glória de eternidade a eternidade.

Apostasia, Graças a Deus – II

Apostasia, Graças a Deus


Vimos anteriormente que os ares do humanismo foram gradualmente substituindo os princípios bíblicos. Iniciava, assim, a fundação que daria suporte ao novo modelo doutrinário do cristianismo. Verdades, até então, pilares da fé cristã estavam prestes a serem implodidas. As novas bases doutrinárias emergem das disciplinas sociais: A Psicologia, Markenting, Sociologia, Filosofia etc. Um cenário adequado para resgatar erros teológicos do passado, transformando-os em doutrinas desse novo momento da religião cristã. Uma série interminável de mudanças é imposta ao Cristianismo bíblico que jamais voltará ao seu leito original: As Escrituras.

A mudança do método
A Hermenêutica Bíblica, técnica estabelecida para obter o verdadeiro propósito dos escritos sagrados, foi considerada vilã, responsável pelos entraves provocados por Deus, e lançada em completo abandono. De verdade escrita a Palavra de Deus passa a ser pretexto, usada para toda sorte de propósito relligioso. Tornou-se inevitável uma série de outras violações, a corrupção passa a ser a marca desse novo tempo de apostasia.
Nesse ambiente, perderam-se por completo as referências históricas e culturais da verdade bíblica. Os veículos de comunicação de massa passam a ser os promotores e defensores da verdade; a verdade é estabelecida pela quantidade de repetições. “Assim diz o Senhor” é expurgado da mente do cristão moderno. A liberdade apóstata passa a ser o padrão para se chegar à verdade.

“E viu o HOMEM tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom”.


A mudança de espírito
O Espírito Santo ganhou preeminência submeteu-se a novos interesses, a novos senhores. Multiplicaram-se os plantões de manifestações espirituais, cada uma delas com autoridade celeste. Sem normas para aferição da verdade, a autoridade das Escrituras é apropriada pelo homem, é saqueada pela dinâmica dos “interesses da igreja”. Literalmente, cai dos céus por sobre a terra.
Contrariando aos ensinos de Cristo, a apostasia, com seu espírito, passou a falar por si mesma.


“… O Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará” (João 16 : 13,14)



A profusão doutrinária passa a ser incontrolável: prosperidade, dentes de ouro, línguas estranhas, curas, milagres, sinais, encontros. A santidade sempre evidenciada como marca cristã – que exalta a Deus -, é substituída por popularidade, opulência, corporativismo, atividade política – a exaltação das criaturas. Há um novo espírito orientando a apostasia.



A mudança da natureza humana
A sã doutrina bíblica afirma que o homem é incapaz de compreender verdades espirituais sem ajuda externa. Isto sem dúvida, para a mente apóstata, representava uma barreira a ser transposta. Recordemos a Carta de I Coríntios, em que Paulo afirma:
                          

Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (I Coríntios 2 : 14).

A incapacidade humana em entender e aceitar as verdades divinas é a proclamação que sobressai do texto. Não restam dúvidas que, de fato, havia um grande incômodo a ser superado, e buscar um substituto adequado para atender aos novos propósitos religiosos.

Já introduzido o suporte secular para o desenvolvimento das novas doutrinas e premidos em busca de um novo discurso, a modelagem do novo homem estava pronta. Desconstruíram o homem dando-lhe a liberdade desejada.
A promessa que o batismo católico sempre asseverou, como um passe de mágica foi estendida a todos, resgatando-os, e sem o pecado herdado; capazes de escolher a Deus, livres em suas escolhas espirituais. Apenas com uso da astúcia superou-se a “dificuldade bíblica”, proclamando-a como verdade divina. Estava aberto o caminho para autonomia humana, livrando-a, mesmo que artificialmente, da sua realidade intrínseca.

A mudança da fé
Como efeito dominó, tornou-se imperativo reconceituar as demais doutrinas: o pecado, a encarnação, a soberania, a salvação, a eleição, a adoção, mas sob a ótica dos interesses e adequando-as “à liberdade concedida”. 


A fé salvadora, logo, ganhou contornos meramente psicológicos. Deus é apenas seu consumador, a autoria pertence ao homem. Legitimou-se a realidade espiritual das lideranças, das multidões já instaladas no seio da “fé”, facilitando,ainda, as “conversões em massa”. Pastores, pastoras, apóstolos sem a experiência da Regeneração, passaram a falar de seus próprios interesses e sentimentos. As igejas são transformadas em centrais de negócios e a “vida espiritual” passa a ser regida pelas aberrações dos “desviados”, das “reconciliações”, da “perda de salvação”, a invenção mercadológica da “Igreja com propósito”.


“Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.” (I Coríntios 3:7)



A salvação é distribuída como propriedade ministerial, sem quotas, sem limites; sem exigências, pode ser descartada e depois tomada de volta. Não importam as advertências, sem qualquer referência bíblica, seguem enganando e sendo enganados.




“E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos.” (II Tessalonicenses 3 : 2)



A soberania de Deus não é bem vinda pelo cristianismo apóstata.


Com o novo conceito de fé, todo arsenal de crendices populares, superstições passam a ter correspondente na igreja. A umbanda, espiritismo e o catolicismo romano, todo e qualquer credo têm sua expressão de “fé” dentro do sistema apóstata. A oferta da fé aumentará sua abrangência, atingindo – e divertindo – maior público possível.


A violação do método permitiu ao sistema apóstata alcançar o inimaginável: romper com a história, com os escritos sagrados, mudar o propósito da Igreja e de Israel.


É o que veremos na Parte 3.

A Ele honra, glória e louvor de eternidade a eternidade.

Apostasia, Graças a Deus – I

Apostasia, graças a Deus


Muito há para comentar a respeito do tema, busquei ser seletivo para não ultrapassar os limites do interesse comum. Entretanto, me proponho a analisar essa profusão – e até confusão – de manifestações e doutrinas do que hoje se apresenta como Cristianismo, tentando resgatar o ponto central que acelerou o processo. Meu interesse é fornecer as motivações e desvios que levaram à situação que hoje estamos envolvidos.


Algumas informações a respeito da Apostasia precisam ser antecipadamente consideradas. Evitando assim, que ídéias pessoais tomem o lugar dos conceitos bíblicos. Trata-se, portanto, de um movimento de natureza espiritual, sua extensão chegará aos confins da terra. O seu propósito é substituir o Cristianismo bíblico. Empreendimento já intentado por vários movimentos religiosos, o catolicismo romano e muitas outras seitas; mas de acordo com as Escrituras, nada logrou tanto êxito. Portanto, é inevitável, que cresça mais e mais. Entender o cerne desse movimento é a proposta.
Caberá ao leitor as conclusões.


De pronto reconheço em vários líderes, pastores – e até, quem diria! Pastoras -, “apóstolos” as marcas inequívocas das obras das trevas; e que tenha usado suas convicções e discursos para exemplificar argumentos, mas tento não nominá-los. Percebo, que nessa questão, há acentuado personalismo e muita perda de energia em torno de acusações e defesas. A palavra me satisfaz completamente:
 

Mas estes, como criaturas irracionais, por natureza feitas para serem presas e mortas, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, recebendo a paga da sua injustiça; pois que tais homens têm prazer em deleites à luz do dia; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em suas dissimulações, quando se banqueteiam convosco; tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecar; engodando as almas inconstantes, tendo um coração exercitado na ganância, filhos de maldição;
Deste modo sobreveio-lhes o que diz este provérbio verdadeiro; Volta o cão ao seu vômito, e a porca lavada volta a revolver-se no lamaçal. (2 Pe 2.12,22)

Não há como precisar seu início histórico, lemos que o primeiro desvio doutrinário surgiu no Éden; podemos, entretanto, afirmar que estava presente e identificada já nos dias do apóstolo João. Seus representantes, à época, apesar de muitos, constituíam-se minoria.

Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.

Reconheço a importância da Historicidade das Doutrinas Bíblicas, mas se trata da análise de suas motivações e propósitos, portanto atemporal.


Das pequenas concessões ao golpe mortal

A religião cristã, que sempre teve como pilar central o conhecimento da verdade e o serviço a Deus, foi golpeada mortalmente, perdendo completamente sua identidade, caiu por terra. Em prol de uma equivocada contextualização, foi permitindo retoques e respirando a brisa que soprava do humanismo. Assim, lenta e progressivamente uma nova perspectiva foi sendo adotada e no aconchego da secularização produziu uma nova realidade para natureza humana. A religião redefiniu sua própria etimologia, reviu sua razão de ser e abandonou a palavra de Deus. Decapitada, passou a rastejar sobre o próprio ventre, sobrevivendo, a partir de então, do pó da terra. Era a nova visão do cristianismo.

Há de se considerar que essa nova ordem surgiu pelo próprio interesse “cristão”. Líderes de intelecto cauterizado e ávidos em conquistas (psicologismo), desejando a qualquer preço (pragmatismo) usufruir dos prazeres e encantos do mundo,  para tanto, mercadejam princípios e doutrinas bíblicas (misticismo).

Dentro das várias dimensões e desdobramentos que envolvem esse novo cristianismo, duas abordagens, em especial, chamam a atenção, a teológica e sua conseqüência prática ou devocional.


Que serão tratadas adiante na Parte 2.

A Ele honra, glória e louvor de eternidade a eternidade

Reféns da morte

A realidade nos insinua advertências que, pelos nossos propósitos e ambições, temos demonstrado não atentar para elas. Esta não-percepção dos valores que nos circundam mostra, de um lado, que somos soberbos, por fazermos uma avaliação inadequada de quem somos, por outro, ignorantes, por desprezarmos tais ensinos. Esta dupla característica, falsamente, nos sugere fortes, senhores, quase eternos.
Desprezamos o ensino do nosso dia-a-dia: a presença constante das separações, das perdas. A cada escolha feita separamo-nos de outras possibilidades, abrimos mão daquilo que julgamos desnecessário, sem importância.

 
A vida tem repetido sua imperiosa ação quando somos lançados – sem escolha – para o interior de uma nova dimensão, despedindo-nos daquilo que julgávamos definitivo, ou pelo menos mais duradouro. Em nossa infância, éramos senhores em nossos lares. De repente encontramo-nos fora dele, seguimos em frente… na adolescência, livres, pensávamos senhores de todas as coisas. Muito foi deixado para trás: perdemos o ontem, o aconchego do carinho de nossa mãe, os sentimentos mais singelos, esquecemos nossos amores, foram tantas as advertências. Mal olhamos para elas, as perdas impostas formam as sendas desta vida.


De onde brota tal descaso? Do engano que alvoroça nossos corações? da falta de humildade que conduz nossa sabedoria?


A vida, em sua particularidade e singeleza, tem nos mostrado ser um processo constante de escolhas e predas. O inexorável se agiganta diante de todos nós: Um dia todos nós nos despediremos uns dos outros. Simplesmente, perderemos nossos pais, nossos amigos, nossos irmãos, até nossos filhos, perderemos tudo aquilo que pulsa junto com a nossa vida, que nos faz sorrir, que nos dá prazer, e por fim, perderemos a própria vida. Seremos lançados à eternidade, e de lá nada mais poderemos recuperar.


A negar tais argumentos, é mais uma vez oferecer “a ilusão” como norma da razão, e se separar, em definitivo, da possibilidade de compreender a realidade humana. Os sofismas da religião meramente humana – reencarnação, purgatório, obras, filantropias etc. – tentam obscurecer o pragmatismo da morte. Esta realidade considerada em sua força e imprevisibilidade compromete a fortaleza humana, revestindo a todos da finitude tão indesejada, da fugacidade tão desdita. É, sem dúvida, o maior confronto oferecido pela vida. Mas a eternidade se avizinha, e com ela a separação. A noite comunica ao dia para que mantenhamos a prontidão.


Há alguma escolha a ser feita que nos permita fugir deste roteiro tão perverso? Podemos estar eternamente junto às pessoas que amamos? Nenhuma religião afirmará com segurança que sim.


Em Cristo Jesus, o Senhor de todo o universo, o autor e mantenedor da vida, Nele podemos dizer que sim. Entrega teu caminho ao Senhor, confia nele e que as demais coisas Ele fará.
É Ele, e ninguém mais, que dá tal confiança: “a morte não tem poder sobre os que crêem”.



Bendito seja Nosso Deus e Salvador.


A Ele honra, glória e louvor de eternidade a eternidade




Natal de 2003.

A falácia do simbolismo natalino

O Natal expressão religiosa do homem moderno 

(Este texto foi baseado – com algumas alterações – em um pedido de minha mãe. Ela queria que escrevesse algo a respeito do natal, pois eu não estaria com ela naquela data. Segundo informações, foi lido ao final da noite, quando parte de seus convidados já se haviam retirado. Natal de 2009).

Há algum tempo venho tentando entender quais os sentimentos e compreensões que povoam a mente das pessoas em relação ao Natal. Considerando que é a comemoração do nascimento de Cristo, os elementos presentes à celebração passaram a ser objeto de minha observação. Queiramos ou não, a motivação tradicional da festa é religiosa, pois vem a ser a comemoração do nascimento – a encarnação – de Deus.

Observando-o, entendendo-o é possível concluir que tipo religiosidade é praticada pelo homem moderno? Este é um bom exercício e maior, ainda, desafio.

A psicologia da tradição
À parte da grosseria histórica que envolve o fato – a data do nascimento ser dezembro; ter saído da Europa pagã; sem referência em textos bíblicos, e sem nenhuma alusão no registro de autores que trouxeram um intervalo de 1.000 de história aos nossos dias -, faz parte da vida nacional.

Ao fim de cada ano multidões se mobilizam em torno da comemoração – ou celebração – natalina. Sem questionamentos, preparam-se para mais um natal, o mundo se transforma e, magicamente, surgem por toda volta tons de harmonia. É estabelecido um cenário onde há luzes e – incrivelmente – esperança para todos… ano após ano.

A natureza do espírito natalino
O primeiro empreendimento é buscar o cerne desta festa: donde surge essa esperança?. Há duas linhas excludentes, e apenas duas: (1) O natal é apenas um simbolismo – árvores, presentes, guirlandas, cenários, e a esperança vem do próprio homem? Ou (2) as pessoas julgam que, por meio dela, prestam culto ao Deus criador de todas as coisas, e a esperança vem do próprio Deus? Em suma: O Natal é apenas um simbolismo de comemoração das conquistas anuais das pessoas ou uma manifestação devocional?

O poder religioso no simbolismo natalino
Se, pois, é apenas simbolismo, sem relação entre o evento e sua celebração, é mais uma festa. E os símbolos, tais como todos objetos, inanimados, são incapazes de agir sobre a vida dos celebrantes. Assim, cada um se investe da prerrogativa de interpretá-los e tratá-los livremente.

A esta relação com o inanimado – os bonecos, bolas, árvores etc. – em um contexto religioso dá-se o nome de idolatria. Seus celebrantes são os senhores, com completa autonomia, sem nenhuma dependênica ou submissão ao objeto do culto. É um sofisma religioso, onde é possível perceber a auto-veneração, é a “fé” de si para si mesmo. É o humanismo travestindo-se das trevas da religiosidade sem Deus. A resposta psicológica do homem moderno à soberania de Deus.

O propósito natalino

Neste contexto de “adoração” o propósito final é a satisfação humana. Não é sem motivos que o culto exige abundância de comidas e bebidas; e ainda, não raro, seja concluída em condutas ilícitas, sobre leitos maculados. A liturgia é voltada para oferecer o prazer máximo aos celebrantes. A presunção do místico – na realidade do imaginário – e o prazer pessoal são as diretrizes fundamentais da religião natalina, e por elas é estabelecido o culto do prazer. É mais uma manisfestação da religião do homem moderno.

Poder surreal exigido
Um cenário bizarro é apresentado: Jesus, o Deus eterno, é eternizado em um boneco – nada mais que isto – que não cresce, em meio de outros bonecos; é a garantia de um deus anão, refém dos desvarios da simbologia natalina.

Uma estranha comemoração em que um aniversariante ano após ano permanece inerte, enquanto, alheios a ele, realiza-se o culto da desesperança, da falsa alegria. Esse é o natal símbolo, comemorado a cada ano, mantendo todas as mentes reféns da sua fantasia mental. O imaginário do “bom velhinho” oferece esperança imaginárias às pessoas… e a repetição do mesmo hino: muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender.
A liturgia cruel a todos exige avançar além dos limites da razão, desprezar a história, e por fim, mortificar a lógica.

Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.(2 Tm 4.3,4)

A vida com suas marcas não se submete à futilidade dos símbolos, do ídolos, portanto, não pode transformar as dores da vida mera retórica, meros símbolos. As árvores reluzentes das salas não escondem as dores dos sombrios leitos, não lhes iluminam o desespero dos aflitos; nos corações permanecem os rancores, e a cada presente trocado representa uma esperança sem amanhã.
O tilintar das taças sonoriza a liturgia da repetição, de corações tristes, de palavras ao vento sem siginificado, e ainda clamam a um deus estático, preso ao gesso. O drama do absurdo, que nada pode fazer.
O simbolismo e  realidade inexorável

Com os símbolos nada pode ser alterado, a comemoração não traz qualquer influência no dia a dia dos seus celebrantes, apenas a liberdade de comemorar a si mesmos. É o soprar de uma liberdade perdida, sem relacionamento com a realidade. Estranhamente, cada um presume-se senhor de seu próprio destino, construindo suas vidas sobre um punhado de areia.

“Confundidos sejam todos os que servem imagens de escultura, que se gloriam de ídolos; prostrai-vos diante dele todos os deuses.” (Salmos 97:7)

Há o outro natal
Se, de outra feita, pretendemos prestar um culto de gratidão a Deus, entendermos a realidade permanente, deixemos de lado todo esse simbolismo exterior que nada tem mudado nossas vidas. Deixemos de lado os presépios, guirlandas, árvores, bonecos inertes de olhares pedidos, refém da festa pela festa.

Enfrentando a inexoróvel realidade
Passemos a entender a realidade que transforma as vidas. Tiremos nossos olhos do chão, olhemos para o alto onde realmente está Nosso Senhor Jesus, olhemos para a eternidade. Depois, olhemos para nós mesmos, para o mais profundo de nossas almas. Questionemos: O que é a nossa vida? Tiago diz: O orvalho da manhã, que desvanece com os primeiros raios de sol.
O que temos feito de nossas vidas? Qual a nossa esperança? Quanta desesperança, quanta dor e tanto desamor, quanta decepção sofrida e provocada. Quanto rancor.

O verdadeiro poder surreal
Saibamos que Ele esteve aqui entre nós, e como escreveu Lucas: “veio buscar e salvar o que se havia perdido”. Só é possível quebrarmos os laços do simbolismo das nossas vidas, nos libertar verdadeiramente do peso das dúvidas que há sobre cada um ouvindo a voz do Senhor:

“Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”

Mudando a realidade
Caso queiramos deixar para trás o simbolismo que facilita, atrai e engana, ofereçamos a Deus essa festa: nossa vida. Pois somente ELE é capaz de resolver as mais profundas das nossas inquietações, a mais profunda solidão, a solidão de nossas almas.
Hoje é dia do nascimento real, não o nascimento do Deus eterno, mas sim, para quem deseja muito mais que um simbolismo, para aquele que entendeu que o Natal é o dia de nascer em Cristo Jesus, Senhor e Deus.

O último natal
Arrepender-se de vida de símbolos, das fantasias, e entrar na realidade de um relacionamento pessoal com Nosso Senhor e Salvador. Deixar cair sobre Ele todo o peso que carregamos, depositar Nele a esperança da nossa eternidade e conhecer o amor de Deus que excede todo o entendimento.
ou mantermo-nos presos à fantasia da festa desesperança anual.

QUE DEUS SEJA MISERICORDIOSO NESTA NOITE, COMO FOI COMIGO HÁ 15 ANOS, E QUE NOS PRESENTEIE FAZENDO COM QUE PESSOAS CHEGUEM AOS SEUS TERNOS BRAÇOS.

Ao meu irmão Jeferson minha crescente admiração e gratidão a Heloísa e seus filhos;
A Mônica que Deus seja superabundante com ela, seu esposo e família.
Espero em Deus a melhora do seu Nelson, bem estar de sua esposa D. Neusa, seu filho, Carlos Alberto, minha admiração por ele.
E a Deus que me redimiu, colocou em meu coração uma esperança indelével e tem feito grandes coisas na vida da minha família.
A Ele, toda honra, toda glória, poder e gratidão de eternidade a eternidade.

De seus filhos Paulo e Glória Brasil

Um grande beijo à minha Mãe, a formadora e grande modelo da minha vida, por quem tenho orado todos os dias;