Sim, Rev. Nicodemus, é preciso de cautela e honestidade.

Tenho assistido, graças a Deus, várias ensinos – pregações, palestras, mesa redonda etc. Grandes homens expondo seus conhecimentos a serviço dos santos. Entre os temas apresentados, a Escatologia, com correntes teológicas distintas, é abundante.

Acredito que tais posições, assim como outros pontos doutrinários, encontrem dificuldades em incluir em seu sistema alguns versos das Escrituras, a despeito de serem identificadas como doutrinas históricas dentro de seu grupo.

Acho saudável as discussões, sempre em busca da exaltação das Escrituras edificação dos santos e glória ao Senhor de toda sabedoria:

Em Quem [em o Cristo] estão, todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento, escondidos. (Cl 2:3)

Contudo, assisti (https://www.youtube.com/watch?v=AKcBinEb-3Y) o Rev. Nicodemos afirmar que não há nenhum arrebentamento sigiloso previsto nas Escrituras para Igreja do Senhor. O que não é problema por acreditar que as promessas de Deus para a nação de Israel foram revogadas em benefício da Igreja.

Utilizando-se do texto “Mas vós vede; eis que de antemão vos tenho dito tudo” (Mc 13:23), falou que não o [Arrebatamento Invisível] encontrava ali em Marcos 13 ( capítulo inteiro). 

Tomando por base o termo: “vos tenho dito tudo”, acrescentou – parafraseio: “Se até aqui Ele [Jesus] nos disse tudo, e o arrebatamento não está aqui…” Concluiu: “Não haverá arrebatamento – invisível”.

Isso não faz parte de uma boa Teologia, e está em desacordo com a Doutrina da Progressividade da Revelação. Não há precedente na história das doutrinas cristãs que alguém atribua ou defenda que a partir desse ponto (Marcos cap. 13) as Escrituras são meramente deuteronômicas. E que todo o conteúdo subsequente do texto santo não oferece um novo ensino. 
O texto citado (Mc 13) descreve um cenário de juízo em terras judaicas e sinais desse tempo: o templo e sua destruição, muitos virão tentando ser o Cristo – quem está a espera de Cristo, senão judeus? sinagogas, a profecia de Daniel sobre o templo, Judeia. No verso 18, fala sobre o inverno dando um caráter local para os acontecimentos.

Decerto o texto não fala sobre arrebatamento (invisível), como também não fala sobre Igreja, não fala o destino de satanás, a vinda do Espírito Santo, sobre os dons, o selo dos santos, a pregação aos gentios e outras coisas mais. Mas isso não faz de tais pontos inverdades.

Há um sério risco quando, para defender nossas teses e credos, levantamo-nos acima das Escrituras. 

E ao encerrar ele afirma que é preciso ter cautela sobre o que o assunto encerra.

Sim, Rev. Nicodemus, é preciso de cautela e respeito para com as Escrituras.