Qual verdade liberta? (Jo 8.32)

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Vive-se inserido em uma realidade absolutamente complexa, onde tudo funciona e em harmonia. Desde o pequeno átomo, até a multidão dos corpos celeste seguem a trajetória determinada. Essa complexidade o mundo a chama de natureza, mas Deus afirma que é o seu poder em  preservar sua criação.

Observá-la ajuda a entender a própria realidade humana e algumas características são evidenciadas… (1) o quanto não se sabe, e o mais dramático,  (2) quão dispensável é o ser humano para o funcionamento do que contemplamos.

Esse desconhecimento e a pouca importância seriam suficientes para se afirmar quem de fato somos, e assim pedir-se ajuda. Mas, entorpecidos pela soberba funcional,  conferi-se a sabedoria e importância não possuídas, e segue a existência humana uma trilha sem consciência e sem esperança.

A soberba se impõe à realidade humana fazendo com que o egoísmo e a irracionalidade reajam e pouca ou nenhuma reflexão seja necessária.

Essa condição afirmou-se como suficiência, a tal ponto que nem a fragilidade exposta pela ameaça da COVID, permite a reflexão.

Ignora-se a evidente sabedoria e bondade que nos cercam.

A vida que se nos apresenta é magnífica, é impensável… o pulsar do coração, as espessuras dos quilômetros de artérias necessárias ao sangue manter a vida humana.

Temos ainda, a exatidão das dimensões e da distância do sol gerando a energia para vida tão distante; a lua e suas fases fazendo funcionar as marés… e moléculas se unem fazendo algo completamente diferente… tanta perfeição. Que grande é seu Criador!

Nada se faz e a vida “funciona” , assim, somos beneficiários dessa bondade e sabedoria.

E sem conhecimento de quem somos, as preferências pessoais se fazem “verdades possíveis”, mesmo que o tempo traga o fracasso e as frustrações como sentenças. Esse padrão “mental” se fez cultura e a vida perdeu o significado… para onde segue a humanidade?

E sem conhecimento do Senhor, sem verdade permanecem presos…  livres apenas na ilusão mantida pela soberba

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará… Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (Jo 8, 32, 36)

Coisas difíceis de aceitar

Há muitas coisas difíceis de aceitar. 

Que somos pecadores. Mas pecadores segundo a percepção e o entendimento de Deus. Ou seja, nossa constituição, nossa disposição interior, rejeita as verdades de Deus.

É difícil aceitar também, que somos movidos pela soberba. Sim, é ela que, mesmo incompreensivelmente, nos leva a rejeitar o amor de Deus. 

É difícil aceitar que Deus afirma ser isso submissão a satanás.  

É difícil aceitar que não haverá um juízo final. Onde nossos atos serão avaliados, distribuindo-se de um lado, os que fizeram o bem, e de outro, os que fizeram o mal. 

É difícil aceitar que nossa eternidade será determinada por submeter-se ou não ao plano de Deus. 

É difícil aceitar que não são os nossos planos, conceitos e ações que nos farão agradáveis a Deus, mas reconhecer que ele, em Jesus Cristo, esteve entre nós, morrendo para nossa salvação.  

É ainda muito difícil de aceitar que há céu e inferno. E que estaremos eternamente em algum desses locais, e que na eternidade não haverá tempo. 

É difícil aceitar que a salvação mesmo estando tão próxima, preferimos nossos pecados, preferimos nossa religião. 

Há muitas coisas difíceis de aceitar, contudo, não são questões de intelecto, de entendimento, pois entendemos tais coisas. Mas existe, sim, em nossa vontade, uma incapacidade que nos aprisiona, impedindo-nos em nos mover em direção de Deus, em abrir mão de nós mesmos. 

É difícil aceitar que estamos perdidos.

Rejeitando a vida

Sangue, não!

Ecoou o gritou da senhora ao saber que seu marido necessitava urgentemente de transfusão de sangue. Esta cena assisti em programa que apresenta fatos reais passados em um plantão de emergência médica. Tratava-se de um casal de idosos que, supostamente, se envolvera em grave acidente de trânsito. O marido se encontrava inconsciente, e perdera muito sangue. Sua esposa, mesmo machucada, repetia, Sangue, não! Uma médica os identificou: Testemunhas de Jeová – conhecidos pela não aceitação de transfusão de sangue entre humanos.

O ABSURDO É O FUNDAMENTO


Há algo de peculiar entre esse episódio e o momento que vivemos. Podemos afirmar que em nenhuma religião cristã, tampouco no judaísmo acredita-se nisto. Tal conduta – não transfusão de sangue entre seres humanos – é destituída de qualquer orientação bíblica, e em muito fere a racionalidade humana. Qualquer pessoa que tenha acesso aos textos sagrados, dos quais é retirado este falso ensino, observará que não provém de análise adequada. De mesma forma, ocorre ao passearmos sobre as falsas verdades que embalam os devaneios da religião que vemos diante de nossos olhos em canais de TV, em cultos embalados, na Marcha para Jesus e nas mais variadas estratégias para angariar recursos em nome de deus.

GUIADOS PELO PRÓPRIO CORAÇÃO


Como, pois, então surgem tais práticas? A resposta é simples: Pela disposição do homem em rejeitar as verdades históricas, e sair em busca do que seu próprio coração deseja. É a ânsia em produzir novidades. É o espírito da modernidade, quebrar paradigmas, buscar o novo. É a resposta aos anseios “religiosos” dos homens que querem um outro deus. 


A MORTE DA VERDADE


Na profusão de verdades descobertas, nada sobrou do Cristianismo bíblico. O homem religioso deste tempo foi contemplado com altares e cultos para sua realização pessoal. A todo custo e a todo momento são criados artifícios para satisfação de uma clientela àvida por realização e conquistas. Tudo se faz novo, e pelas novidades, decretou-se a morte da verdade histórica. E o cristianismo bíblico, escorraçado nos púlpitos, fugiu , rastejando pelos becos, sem verdade e sem consistência.


O RESGATE DA MORTE


Trouxeram de volta a morte, proclamam-na a pleno pulmões. Todas as hostes satânicas sobem nos púlpitos, entoam louvores e em gargalhadas apontam para o novo tempo. É uma grande festa. Com salões repletos, a apostasia comemora radiante. Todos os poderes, afirmam, estão à disposição dos homens. Os católicos com a transubstanciação, afimam reproduzir e comer o corpo de Cristo; os espíritas trazem do além vozes, na tentativa de consolar mortos; os evangélicos, em suas línguas estranhas, convidam a todos para comer e beber o melhor da terra, é o cumprimento das promessas de deus.  E o séquito, em multidão, lentamente segue, tomando conta do largo caminho.

A CERTEZA DA MORTE 
A convicção daquela senhora resplandece na face cruel da apostasia. Observamos, boquiabertos, os argumentos em defesa de suas práticas. A soberba e a ignorância revestidas de autoridade são a sua razão de existir. Respiram os últimos momentos de suas vidas, e, assim mesmo, recusam-se em aceitar sangue. Em nome de Jesus, acreditam legitimar, por contra própria, o que Deus condena. O tempo escoa, e cegos não percebem que a verdade os condena.  

UM GRITO PARA MORTE
O grito daquela senhora em defesa de sua fé, foi sua manifestação final. Em sua convicção condenou-se à morte, levando consigo seu esposo. Nada aprendeu do verdadeiro caráter de Deus, criou seu próprio amor. Em sua convicção, gritou contra a graça , contra a misericórdia, gritou contra a verdadeira  vida.


O mesmo grito ecoa das multidões: Sangue, não! Sangue, não! Rejeitam o amor, rejeitam a esperança, a graça e a misericórdia de Deus. Convictos, não se arrependem, rastejam enganados sobre o pó da terra.


Gritam contra Cristo, contra a cruz. Gritam contra o convite para o descanso de suas almas. 

Esta geração perdida precisa clamar: Sangue, sim!  Sangue, sim!
Que clamem: Sangue, sim!

e terão seus pecados perdoados.




Que Deus seja louvado.

A Ele honra, gloria, poder de eternidade a eternidade.