Para melhor percepção da ideia do título, precisamos entender o que revelam as Escrituras sobre o pecado. Através das Escrituras compreendemos que nele há duas dimensões: natureza e manifestação.
Todo ato percebido tem por plano de fundo uma natureza específica. O voar encantador das aves é possível por uma natureza adequada ao voo, da mesma forma, os anfíbios são capazes de sobreviverem a meios tão diferentes, todos coerentes à sua natureza. Nenhuma aspiração há nos peixes para saírem da água e alçarem voos abandonando as águas, de mesma sorte, nenhum mamífero prescindirá do aleitamento… são heranças que impõem ordenamento e lógica à vida.
Todo ato percebido tem por plano de fundo uma natureza específica. O voar encantador das aves é possível por uma natureza adequada ao voo, da mesma forma, os anfíbios são capazes de sobreviverem a meios tão diferentes, todos coerentes à sua natureza. Nenhuma aspiração há nos peixes para saírem da água e alçarem voos abandonando as águas, de mesma sorte, nenhum mamífero prescindirá do aleitamento… são heranças que impõem ordenamento e lógica à vida.
Essa relação de dependência que os comportamentos tem da natureza é regra indelével, característica do que conhecemos e também do que nos submetemos – naturalmente.
Semelhantemente, herdamos a humanidade que carregamos de nossos ancestrais, de nossos pais. Somos humanos como eles o são ou o foram… e mortais como eles o são. Mesma natureza, mesmos atos provindos de uma mesma lei.
Se beneficiados por sermos humanos, somos responsabilizados duplamente: pela natureza herdada e por sua manifestação – nossa vontade, intelecto e sentimentos são reféns de uma vida que é finita. Nada em nós é capaz de transformar essa realidade, não podemos nos libertar da natureza herdada.
Nada que desejemos, façamos, pensemos, ou sintamos dissocia-nos da natureza herdada, que é nossa identidade humana. Por sua vez, essa é o lacre genético que, diferenciando-nos de toda cadeia dos seres vivos, garante a perpetuidade da senda humana sobre esta terra.
E o mal que em nós habita – exemplificado pela morte encravada em nosso história, invisivelmente está aninhado em nossa mente, em nosso coração, trazendo a inquietude própria do conflito entre a eternidade desejada e morte garantida.
E o mal que em nós habita – exemplificado pela morte encravada em nosso história, invisivelmente está aninhado em nossa mente, em nosso coração, trazendo a inquietude própria do conflito entre a eternidade desejada e morte garantida.
Sem alternativas conhecidas, a fuga disponível recorre-se a mais uma mazela herdada: a religião dos nossos pais. Assim, além dos pecados que o pecado impõe, a religiosidade da mentira adaptou-se perfeitamente ao humano que herdamos. Aflitos em nosso íntimo, mas impávidos, convivemos com a religião natural como se verdade fosse.
Antes de apresentarmos qualquer raio de discernimento, sob o gosto e preferência dos pais, herda-se uma religião. E, em grande escala, legado de ignorância e descaso para com as Escrituras. Da mesma forma, nos arraiais “evangélicos”, multiplicam os que herdam a Cristo apenas na carne, esses acostumam-se ao engano “em nome de Jesus”.
Em grande maioria, em nosso país, nasce-se católico. Quando menos esperamos somos crismados, sequência de um batismo imemorial, então atravessamos uma série de absurdos racionais e religiosos: as múltiplas Marias, os múltiplos sacramentos, as confissões auriculares, os inconclusivos estágios de uma falsa redenção passando por um purgatório – que valor teria a obra redentora de Cristo?; a promessa enganosa da oração dos santos a purificar-me a cada sete dias, as ladainhas e incensários – aparência de poder e sabedoria; os incontáveis e repetidos sacrifícios de Jesus nas profanas missas; da antropofagia religiosa cometida na hóstia consagrada (a quem?).
Tais arranjos, com artimanhas e sutilezas, garantem a prisão da alma e a liberdade moral para o corpo. A migalha litúrgica oferece o suporte para o pecado contumaz. E o pecado convive candidamente com a falsidade católica, sem contudo, diluir as aflições da alma.
Tais arranjos, com artimanhas e sutilezas, garantem a prisão da alma e a liberdade moral para o corpo. A migalha litúrgica oferece o suporte para o pecado contumaz. E o pecado convive candidamente com a falsidade católica, sem contudo, diluir as aflições da alma.
Heranças malditas do pecado acasaladas com as herança religiosa da tradição.
Nasci humano, e humano serei eternamente; trouxe a natureza do pecado e com ela permaneço, mesmo com a mente renovada pelo Senhor; nasci miserável, mas a soberana graça de Deus remiu-me eternamente… e um dia livre estarei das heranças humanas, para receber dAquele tudo que tem prometido.
Graças eternas ao soberano Deus, que me amou, mesmo que em mim nada suscitasse tal favor.
excelente texto de suprema inteligencia. parabens!!!
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Grato pela sua visita e comentário.Em Cristo
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Como a algum tempo que não fazia uma visita, hoje resolvi ver o que está a escrever.É o anseio da minha alma que Jesus seja consigo, e encaminhe seus passos pela vereda da justiça. E que Ele cresça na sua vida de maneira que seja visto pelas pessoas que rodeiam sua vida, que o amor de Jesus fortaleça sua vida, e seja como um rio transbordante. Também resolvi dizer-lhe que embora não te conheça mas em Cristo te amo, e continue a ser luz. Um abraço.
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Amado Irmão, muito obrigado pela vista e pelas palavras. Que o Senhor nos fortaleça e que saibamos esperar em suas promessas.Em Cristo
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